Nas últimas semanas, o Clubhouse se tornou um fenômeno entre os usuários de redes sociais. A nova rede tem chamado a atenção pela proposta de interação dos seus membros por meio da voz e ao vivo, funcionando como uma espécie de podcast interativo. Personalidades como Oprah Winfrey, Elon Musk e Anitta já aderiram ao aplicativo.
A plataforma foi criada em março de 2020, mas, só agora, quase um ano depois, é que começou a ganhar popularidade. Diferentemente de outras redes sociais, o Clubhouse tem chamado a atenção pela utilização de um formato que, até o momento, não era tão comum em plataformas sociais: a interação por voz, mais presente em aplicativos de mensagens.
A nova rede funciona da seguinte maneira: um usuário abre uma sala de bate-papo sobre um determinado tema e, nela, pode conversar com outros usuários, chamados de "speakers", pela rede. Nessas salas temáticas, é possível participar ativamente do debate ou ser apenas um ouvinte, sendo possível reunir amigos ou se conectar com pessoas de várias partes do mundo. As conversas são ao vivo e não podem ser gravadas, de modo que o usuário só tem acesso ao que está acontecendo no momento.
No Clubhouse, as salas de conversa são exclusivas para envio de áudio, já que a plataforma não permite o envio de mensagens de texto ou imagens, além de não possuir nenhum tipo de "curtida" ou possibilidade de compartilhamento do conteúdo em outras plataformas, prática considerada como "ofensa" pelo app. Internautas têm apontado algumas dessas restrições de maneira positiva, já que a ausência de imagens e curtidas pode inibir as pressões geradas nas outras redes, enquanto o chat ao vivo pode coibir a ação dos haters, que se mostram motivados quando se escondem atrás de um perfil comum.
O estudante Diogo Oliveira, de Rio Preto, já é um adepto da rede social. Ele explica o que o fez navegar em mais uma plataforma. "Desde que eu vi a proposta do Clubhouse, de ser uma rede de diálogo/conversas e fóruns, já me chamou a atenção, primeiro por conta da oportunidade de se conectar por meio de áudio, o que eu acho muito legal e até mais fácil de se construir diálogo, e também pela proximidade. Há alguns dias, eu estive em uma sala com o Luciano Huck, Preta Gil e um monte de gente famosa e parecia que eles estavam ali, do meu lado", relata o estudante, que completa: "Outro ponto que me agradou muito foi a possibilidade de redes de conversas mais distraídas do que em lives no Instagram ou no YouTube, por exemplo. Ou seja, é possível discutir muitos assuntos, alguns até que meio espinhosos de uma maneira mais próxima e menos engessada", finaliza.
Para fazer parte do Clubhouse, o usuário precisa receber um convite de alguém que já seja membro da rede, o que já virou até negócio. No Brasil, alguns usuários estão vendendo esses convites no Mercado Livre por até R$ 300.
Após acessar o link do convite, o novo membro pode definir quais seus assuntos de interesse e começar a utilizar a rede. O aplicativo, no momento, está disponível apenas para sistema operacional iOS e em fase de teste para Android.