Educação de meninos e meninas
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03.Abr.2021 às 19h02

ARTIGO

Educação de meninos e meninas

Em situações de vulnerabilidade, as meninas são alijadas do seu direito de frequentarem as escolas


Por: Maria Stela Maioli Castilho Noll

Dona Stela, também conhecida como Dona Ester, lá nos idos da década de 1940, sabia ler e escrever. Ela chegou com seu marido e filhos a uma pequena vila que estava se formando no interior do Estado de São Paulo, região da Alta Paulista. Como era uma das únicas pessoas alfabetizadas, lia e escrevia cartas para os familiares dos moradores da vila que mal sabiam assinar o nome.

Dona Stela também lia o jornal todos os dias e se tornou uma liderança na pequena comunidade, sempre sábia nos conselhos e auxílios que prestava a todos. Valorizava e educação proporcionando-a a suas três filhas e dois filhos. Hoje há uma escola com seu nome na pequena cidade que ajudou a fundar. Dona Stela foi inspiração, não apenas para suas filhas e netas (eu uma delas), mas também para muitas outras mulheres que passaram a entender a diferença que se é capaz de fazer nas famílias, nas comunidades e no mundo quando uma mulher consegue se instruir.

Embora o acesso à educação seja um Direito Humano, dados recentes da Organização das Nações Unidas mostram que há grandes diferenças no acesso aos sistemas de ensino entre meninas e meninos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), nos próximos anos, o número de meninas que não poderão ser alfabetizadas será o dobro do número de meninos. Meninas encontram muito mais barreiras para estudar do que meninos, quando sofrem com pobreza, questões culturais e violências, segundo o Banco Mundial.

Em situações de vulnerabilidade, são as meninas que primeiro são alijadas do seu direito de frequentarem as escolas. Por outro lado, ainda segundo o Banco Mundial, o investimento na educação de meninas, tê-las e mantê-las nas escolas, tem sido estratégico para o desenvolvimento de um país. E esse será assunto para outro artigo.

Apesar destes apontamentos dos órgãos centrais das Nações Unidas, alcançar a paridade de gênero na educação ainda é um desafio para muitos países. No Brasil dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostram que de modo geral há equidade de gênero no acesso aos sistemas de ensino nos seus vários níveis, mas o que outros estudos também mostram é que não basta apenas garantir a matrícula destas meninas, é necessário que a educação oferecida auxilie na erradicação das desigualdades de gênero.

O atual desmonte de políticas públicas que atuam neste tema, além do surgimento de ideologias que pregam a supressão da discussão sobre gênero e sexualidade nas escolas, são fatores que têm contribuído muito para que as diferenças entre a escolarização de meninos e meninas se acentuem, sendo estas últimas as mais prejudicadas. Tais ações promovem a prevalência de atitudes e comportamentos machistas que reafirmam uma condição inferior para mulheres. Para além das diferenças de gênero, estão também as diferenças de etnias quando se observa que meninas pretas estão em uma posição ainda mais inferiorizada pela questão racial.

Seria ingenuidade pensar que basta matricular todas as meninas nas escolas para que as desigualdades desapareçam. Mas é certo que lutar por uma educação libertadora e de qualidade, tanto para meninas quanto para meninos, é a melhor garantia que temos de que um dia mudaremos a nossa triste e cruel realidade de tantas desigualdades e injustiças sociais.

Que as garotas instruídas de hoje façam a diferença, como fez Dona Stela em sua comunidade.

Maria Stela Maioli Castilho Noll, Professora da Unesp e membro do Coletivo Mulheres na Política e do projeto Mulheres no Plural - 8M de lutas das Mulheres

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