Estamos vivendo a Semana Santa, uma tradição religiosa cristã que é o centro do grande acontecimento da nossa fé, a Páscoa do Senhor. Pelo mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus que se oferece ao Pai como sacrifício de expiação pelos pecados da humanidade, celebremos dignamente seguindo os passos de nosso salvador e participemos também de sua ressurreição e de sua vida.

A Semana Santa inicia-se no Domingo de Ramos para recordar a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Depois, na segunda-feira, recordamos o fato de Maria ungir os pés de Jesus com perfumes, enquanto Judas a repreende. Na terça-feira, Jesus anuncia a traição de um dos 12 e a negação de Pedro. Na quarta-feira Jesus já confirma a traição de Judas Iscariotes. Na quinta-feira a celebração da Ceia do Senhor, a instituição da Eucaristia e da Ordem Sacerdotal. Na Sexta-feira a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Já no sábado, a celebração da Vigília Pascal para recordar o corpo no sepulcro e o triunfo sobre a morte a ser celebrado no Domingo de Páscoa.

Diante dos fatos e se cremos realmente no Evangelho, só nos resta assumirmos com confiança a vida nova que Jesus nos trouxe e buscarmos as "coisas do alto" para estarmos sempre junto Dele. Ele venceu a morte. Aleluia!

José Vicente Berenguel, Rio Preto

Lockdown

Prefeito Edinho, Comitê de Combate à Covid e secretário da Saúde, se esse lockdown tivesse evitado apenas uma morte, já valeu! Mas especialistas em bloqueios sanitários sabem que a 'conta' é mais complexa, e com certeza foram evitadas muitos mais que 50 mortes de rio-pretenses como foi noticiado, muitos milhares foram blindados da contaminação e outras centenas não precisaram ser internadas ou atendidas, parabéns.

Neste tempo de pandemia, todos perdem, uns mais outros menos, bens foram vendidos ou devolvidos, prestações e boletos foram re-negociados, empresas e empregos desapareceram, entraram no vermelho ou no roxo, o alimento foi fracionado na mesa, todos fomos afetados.

Por outro lado, a solidariedade entre vizinhos e familiares, anônimos e famosos, ONGs e igrejas, benefícios assistenciais do poder publico e do privado aos carentes cresceu assustadoramente, nunca se falou tanto em ajuda de amor ao próximo, o lockdown valeu sim, vidas foram salvas isso é que importa, foi a avó, tia, filho, pai, a mãe de alguém que foram salvos.

Disse Jesus: "Não adianta nada querer ganhar o mundo e perder uma vida. Uma vida vale mais que o mundo todo, quanto mais milhares de vidas!" (Mateus 16:26).

Afonso Martins, Rio Preto

Fé

Sobre as celebrações da Semana Santa, oração, prece, pensamentos positivos, fé, esperança, perseverança, resignação, perseverança e tudo que precisamos. Porém, tudo isto pode ser feito em casa, no trabalho, com nossos familiares e amigos de trabalho, online neste momento que temos um vírus. Deus e todos trabalhadores da seara do pai estão em todos os lugares onde chamam por eles.

Regina Vieira - via Facebook

Perda-1

Escrevo com o coração dilacerado . Fiquei sabendo que meu amigo Aparecido Norival Ponté também perdeu a batalha da vida para a Covid. Eu o conheci em 1999 , quando fazíamos curso de dança de salão na Ritmus. E ele caprichava no visual, sempre usando o calçado específico na cor preta com faixas brancas, iguais aos que os dançarinos de samba e gafieira usam, inclusive Carlinhos de Jesus. Depois de alguns anos, nos reencontramos no Baile & Cia, antigo salão de forró que já fechou . Nos víamos quase todos os finais de semana, nas pistas de forró. Em 13 de outubro de 2019 foi publicado um artigo de sua autoria nesta coluna do leitor, e eu lhe enviei uma mensagem elogiando. Ele falava sobre pessoas importantes para a cidade e citava situações com muita riqueza de detalhes, tornando o texto uma leitura muito agradável.

Ele era uma pessoa doce, humilde, atenciosa e muito inteligente. Não sabia muito da vida dele, mas o suficiente para admirá-lo e prezar pela sua amizade. No último artigo que eu li, ele reclamava da retirada dos bancos da Praça Rui Barbosa, no Centro. Logo depois da publicação, nos encontramos por acaso na Praça e comentamos sobre o assunto. Eu ainda lhe falei que talvez os bancos seriam colocados de volta, quando a revitalização do Calçadão terminasse. Mas isto não ocorreu. Uma praça pública sem bancos não tem muita utilidade, principalmente no centro de compras. Dias atrás me lembrei dele e da falta de seus artigos e pensei em entrar em contato. Perdi a oportunidade.

Mais uma voz que se cala, mais um coração que para de bater, mais um colaborador da coluna do leitor, que nos deixará doces lembranças. Minhas condolências aos familiares e amigos. Até um dia, Aparecido Norival Ponté.

Mirian L. R. Marim, Rio Preto

Perda-2

Meu pai, meus irmãos e eu fomos fregueses do sr. Alcides Trindade — sapateiro desde 1956, quando criou a sapataria Maceno, e morto por Covid no sábado, 27. Homem puro, amável, trabalhador, extremamente caprichoso e honesto. Quando eu era jovem, chamava-o de sr. Alcides, depois, com o passar dos anos, tratava-o por "amigo". Lembro-me que há pouco tempo atrás, quando estive no seu ateliê, sentei-me naquele ilustre banquinho ao lado da porta e conversamos sobre aposentadoria, pandemia, política e trocamos ideias como sempre acontecia quando o visitava. Fez botas para meu pai, sapatinhos para minha mãe, chinelos e sandálias para mim. Qualquer calçado que precisasse de um reparo, lá estava eu em frente dessa pessoa incrível para tratar dos consertos.

O "amigo" fabricava e consertava calçados como ninguém, era incomparavelmente o melhor sapateiro do mundo. Depois da partida de sua esposa querida, eu levava para reparos calçados não só da minha família, mas também de vizinhas e amigas, queria ouvi-lo, porque ele sentia necessidade de falar da sua eterna companheira. Talvez não precisasse tanto dos calçados, mas tinha necessidade de ver e conversar com o amigo. E agora, amigo Alcides, quem como você poderá consertar sapatos e bater aquele papo gostoso numa manhã chuvosa ou numa tarde ensolarada, com seus fregueses no seu Ateliê? Até um dia meu querido amigo, esteja com Deus, o céu está em festa.

Angela Perozin, Rio Preto