Em matéria do Diário de ontem sobre o ritmo da vacinação contra Covid-19 em Rio Preto, concluiu-se, após apresentação de números oficiais, que somente em 29 de maio de 2023 o trabalho estaria encerrado. Ao longo da reportagem outras hipóteses foram lançadas, sugerindo que esse tempo pode ser reduzido.
Gostaríamos de acrescentar que dos 464.983 habitantes da cidade, cerca de 25,58% dos habitantes devem ser menores de 18 anos de idade. Percentagem essa, segundo o IBGE, que se encontra na população brasileira. Levando-se em conta que a vacina só é indicada até o momento para maiores de 18 anos, nossa população a ser vacinada diminui para 340.005. Duas doses, ao ritmo de 1080 pessoas vacinadas por dia em média, gastar-se-iam 640 dias. Já melhorou. Mas o ritmo de vacinação pode aumentar para até 15.000 indivíduos por dia, conforme explicado na própria matéria. Notória é a competência desse pessoal da saúde.
Vamos baixar para possíveis 3.240 aplicações por dia, três vezes mais, para ver o que dá. Podem fazer as contas que vai dar 214 dias. Ou seja, coisa de pouco mais de sete meses. Se descontarmos os que não vão tomar a vacina por motivos particulares e os que não podem tomar por contraindicação médica esses números ficam mais favoráveis.
Quando se atinge um percentual de vacinação em torno de 70% da população há uma diminuição da circulação do vírus, reduzindo-se os casos clínicos. Foi observado, na prática, em Israel. Porém, tudo depende da disponibilidade daqueles disputados pequenos frascos contendo as armas que a ciência desenvolveu ao longo do tempo contra esses seres microscópicos tão perversos. Sim, a vacina.
Antonio Carlos Alessi, Rio Preto
Vacinação-2
Sobre a notícia do Diário de que "Prefeitura vai fechar pontos de vacinação em Rio Preto" devido aos estoques em baixa, o problema é ter a segunda dose no tempo certo, senão torna a primeira dose sem efeito e ao final, com a segunda dose fora da época, a pessoa não tem como saber se está parcialmente imunizada.
Karlos Wolfmaster - via Facebook
Mais Ecoparques
O descarte do lixo em locais inadequados é apenas o começo de um dos maiores problemas ambientais do mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil gerou 79 milhões de toneladas de lixo em 2020, sendo 6,3 milhões abandonados no meio ambiente, 29 milhões jogados em lixões e aterros controlados e 43 milhões para aterros sanitários, com consequências danosas para o ambiente e para a sociedade. A decomposição dos resíduos descartados produz o chorume, que causa a poluição do solo e das águas subterrâneas, e o biogás, rico em metano, que contribui para o desequilíbrio do efeito estufa. Já a remoção da vegetação afasta animais silvestres e atrai animais e insetos transmissores de doenças. E cai a qualidade de vida das pessoas que vivem no entorno além de atrair catadores que trabalham condições precárias e insalubres.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi sancionada em 2010 e trouxe metas importantes impactando os índices de coleta regular, coleta seletiva, reciclagem e destinação adequada dos Resíduos Sólidos Urbanos, mas os números estão abaixo do ideal e do necessário para agregar melhoria de vida para a população.
Já existem maneiras mais eficientes de tratar o lixo, por meio da reciclagem ou reuso, em linha com a economia circular, que propõe o uso racional dos recursos, onde os resíduos de um setor são reaproveitados por outros como matéria-prima.
A criação de Ecoparques é uma alternativa para evoluirmos na quantidade de lixo reciclado. Nestas instalações o lixo é separado, processado e transformado em produtos como recicláveis secos, resíduo para aproveitamento energético, composto, biogás/biometano e energia elétrica. O Brasil precisa evoluir na criação de Ecoparques para reduzir a destinação final inadequada, como já aconteceu em diversos países na Europa.
Estamos trabalhando com a Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente) na elaboração de normas dos Ecoparques e as etapas do processo de transformação do resíduo, desde o ponto de coleta até a entrega do produto final para uso do consumidor.
Somente a regulamentação e a transparência das etapas dos processos relacionados poderá facilitar a estruturação deste modelo de negócios, trazendo segurança jurídica para que o mercado possa investir na criação de Ecoparques.
Mario William Esper - presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Vida
Já dizia o poeta: "Quem passou pela vida em brancas nuvens/ e em plácido repouso adormeceu/ Quem não sentiu o frio da desgraça e não sofreu/ só passou pela vida/não viveu." Pois é, sofremos com a pandemia, sofremos com as lutas da vida, sofremos com problemas familiares e sociais, e como dizem os políticos antes de se elegerem : "saúde, emprego e educação ", com tudo isso sofremos.
Na estrada da vida tem de tudo um pouco, bons momentos maus momentos e nosso ser absorve tudo, enfrenta tudo. E caminhamos, caminhamos. Às vezes em pé, às vezes tropeçando e a tudo enfrentando. Enfrentamos crises governamentais, assistimos acidentes inimagináveis, ouvimos de crimes e falcatruas, presenciamos desrespeitos, falta de amor e paciência.
E quantas vezes uma palavra amiga nos sacode e nos faz ver que é assim mesmo. Que não estamos só passando pela vida. Embora sofrendo, estamos vivendo. Que bom!
Neiva Toloi Mazete, Rio Preto
Aulas
Sobre a notícia do Diário de que "Mães e pais se unem para pedir a volta das aulas presenciais na rede municipal de Rio Preto", 75% dos pais, segundo a pesquisa da Secretaria de Educação, não querem a volta dos filhos à escola.
Teresa Terra Talarico - via Facebook