Criticado por não adotar medidas paliativas diante da crise financeira provocada pela pandemia, o governo Edinho Araújo (MDB) corre para apresentar resposta aos descontentes. E será dentro do que o governo considera possível. Pedidos e projetos de vereadores para isenção geral de impostos estão descartados.
O governo corre para concluir proposta que irá permitir o parcelamento de débitos, com perdão de juros e multa em caso de pagamentos à vista das dívidas. "Queremos apresentar o projeto na Câmara até o final do mês. É um novo programa para parcelar dívidas. Não podemos dar isenção de impostos da forma como pedem", afirmou o secretário de Governo, Jair Moretti. A proposta está sendo formatada pela Secretaria da Fazenda.
O dissabor de empresários e entidades que representam os comerciantes só aumentou com as restrições impostas pela Prefeitura. O lockdown foi adotado por causa do aumento de casos de Covid, internações e mortes em março. O foco foram ações na Saúde, mas a inércia com relação à demanda da economia desgasta a gestão Edinho. As limitações impostas pelo Estado só avultam a grita de empresários que sofrem com o "abre-fecha" há mais de ano.
O programa ajuda quem teve perdas financeiras. Mas a promessa era de que o Comitê de Retomada Econômica, criado em 2020 e comandado pelo vice Orlando Bolçone (DEM), traria respostas concretas para dar um respiro aos empresários. Não foi o que se viu até agora.