O presidente da Câmara de Rio Preto, Pedro Roberto (Patriota), disse nesta segunda-feira, 4, que vai buscar o "consenso" entre os vereadores para a composição das comissões permanentes do Legislativo. A formação das comissões acontecerá na primeira sessão do ano, no dia 26.
"Vamos dialogar e buscar uma formação que atenda aos vereadores. Vou conversar com todos e buscar consenso", afirmou Pedro. A tarefa do parlamentar do Patriota não será fácil, já que sua eleição ocorreu sob tensão. A base do governo do prefeito Edinho Araújo (MDB) ficou dividida no plenário durante a eleição da Mesa Diretora, no dia 1º.
Pedro derrotou o candidato do governo, Paulo Pauléra (PP), com o próprio voto e com o apoio de vereadores que devem fazer oposição ao prefeito, como Karina Caroline e Robson Ricci, ambos do Republicanos, e João Paulo Rillo, do Psol. Além do voto decisivo de Jean Charles (MDB), vereadores de partidos que fizeram parte da coligação de Edinho, como Jorge Menezes (PSD), Cabo Júlio Donizete (PSD), Bruno Moura (PSDB) e Renato Pupo (PSDB) completam a lista daqueles que votaram no colega do Patriota.
Votaram em Pauléra os vereadores Anderson Branco (PL), Bruno Marinho (Patriota), Celso Peixão (MDB), Cláudia Di Giuli (MDB), Fábio Marcondes (PL), Francisco Júnior (DEM) e Odélio Chaves (PP), além do próprio voto de Pauléra.
Desafio
Um dos principais objetivos do grupo que elegeu Pedro seria seguir unido na distribuição dos cargos na composição das comissões. O secretário de Governo, Jair Moretti, deverá entrar em campo para impedir uma nova derrota do Executivo. Por isso, vereadores da base de Edinho devem garantir maioria nas principais comissões do Legislativo.
Por exemplo, a comissão de Justiça é apontada como a mais importante. Os parlamentares que fazem parte desta comissão avaliam a legalidade de todos os projetos de lei que tramitam na Câmara, antes da proposta ser encaminhada para votação no plenário.
Desta vez, o governo deve emplacar e dominar as principais posições nas comissões e, assim, evitar que a oposição a Edinho engesse a administração. A distribuição dos cargos leva em consideração a proporcionalidade partidária. Já Pedro deve tentar usar as comissões para mostrar que não fará oposição ao governo. Ele, no entanto, terá de se voltar contra interesses de membros do grupo que o elegeu.