A Câmara de Rio Preto voltou a debater a polêmica da volta às aulas presenciais na rede de Educação de Rio Preto. A audiência pública foi convocada pela frente parlamentar da Covid-19 da Casa e presidida pelo vereador João Paulo Rillo (Psol). No debate, pais de alunos, professores e sindicatos se divergiram sobre o retorno.
Por um lado, mães que precisam da escola para conseguir trabalhar falaram da falta das escolas e dos professores e pediram o retorno imediato, mesmo que os educadores não consigam se vacinar como grupo prioritário. "Quem tem que trabalhar não tem o que fazer. Tem ter condições, com certeza, mas não vacina. Não podemos passar os professores na frente dos idosos que tem risco de morrer. Os profissionais de saúde trabalharam mais de um ano correndo risco e não fizeram greve", afirmou uma das mães.
Por outro lado, professores da rede municipal foram unânimes em dizer que não concordam com as aulas presenciais, enquanto as escolas sem condições e sem vacinação - 53 unidades não tem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e estão impedidas pela Justiça de receber alunos e administrativo. Os educadores também tiveram apoio de mães que disseram temer o retorno presencial sem adequações. "Não vou mandar minha filha enquanto não tiver dentro das condições adequadas. Ela tem contato com a avó com 75 anos que ainda não foi vacinada", defendeu outra mãe.
O Sindicato dos servidores municipais também discursou contra o retorno presencial. Representantes, como a presidente, Sanny Lima Braga, disse que o sindicato já pediu prioridade na vacinação de educadores. O impasse, pelo visto, está longe do fim, como colocou a conselheira tutelar Priscilla Bernardes Aires Pedrosa, "essa guerra não é de dois pólos. Devemos exigir um plano que não punam os pais e nem os profissionais da Educação", afirmou.
A audiência também contou com outros vereadores, como o presidente da Câmara, Pedro Roberto (Patriota), Renato Pupo (PSDB) e assessores de outros gabinetes da Casa.