O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), anunciou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 26, no Palácio dos Bandeirantes, que o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus decidiu prorrogar até o dia 11 de abril a fase emergencial do Plano São Paulo nas 645 cidades do Estado. A prorrogação de fase foi definida pela gestão do governador João Doria (PSDB) depois de reunião com comitê estadual de enfrentamento ao coronavírus. A regra fecha comércio varejista e limita funcionamento de atividades. O funcionamento de mercados é autorizado, assim como setor de construção civil. Academias e atividades religiosas ficam suspensas.
O Estado registrava até esta sexta-feira, 26, 21.489 casos de Covid-19, com 1.193 mortes. A tendência registrada é de alta. O índice de ocupação nas UTIs do Estado é de 91,6%, o mais alto registrado durante a pandemia.
"Em virtude dos números da pandemia e da insistência do crescimento da pandemia, apesar de todas as medidas adotadas, o Governo de São Paulo prorroga até o dia 11 de abril a fase emergencial", afirmou o vice-governador.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a alta taxa de ocupação dos leitos vem exigindo uma "ginástica" grande do governo do Estado. "A ordem é 'tudo o que puder virar leito, vai virar'. O governo (do Estado) está em tratativas entre Secretaria de Saúde e HB", afirmou o secretário, que lembrou, ainda, que Mirassol deve receber novos leitos na próxima semana.
De acordo com coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, o médico Paulo Menezes, a expectativa é que o número de casos comece a cair dos próximos dias.
O presidente da Associação dos Municípios da Araraquarense, Guilherme Colombo da Silva, que também é prefeito de Santa Adélia, afirmou que os municípios continuarão respeitando o plano estabelecido pelo governo estadual. "Sabemos que o momento é delicado e todos devem manter as medidas preventivas para tentarmos diminuir o contágio da Covid-19. Mas muitos prefeitos estão encontrando dificuldades, como nós em Santa Adélia, já que vários setores, como o comércio, estão reivindicando a abertura, pois são três semanas com as portas fechadas", disse.
Por meio de nota, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), Kelvin Kaiser, disse compreender a gravidade do problema e que entende a necessidade das restrições, mas espera que a Prefeitura faça modificações no decreto que instituiu o lockdown. "Há alguns dias entregamos ofício para a Prefeitura, no qual pedimos pequenos ajustes no decreto publicado, mas que são vitais para o setor produtivo",afirmou Kaiser. A Acirp ainda entrou com nova ação na Justiça para permitir a retomada do comércio.
Em Rio Preto a situação não terá impacto ao menos até a próxima quarta-feira, 31, quanto termina o decreto de lockdown feito pelo prefeito Edinho Araújo. Ainda assim, algumas regras serão flexibilizadas a partir de segunda, 29, permitindo a abertura de bancos, casas lotéricas, supermercados, hipermercados e do Mercado Municipal.