O governo de São Paulo deve anunciar nesta sexta-feira, 19, nova classificação de regiões no Plano São Paulo, que determina as atividades permitidas durante a pandemia de coronavírus. A tendência até o final da tarde desta quinta, 18, era de manutenção na fase laranja do plano para Rio Preto e região. A fase laranja é a segunda mais restritiva do plano e impõe limitação no horário de funcionamento do comércio em geral e shoppings, além de restrições para restaurantes. Atividade exclusiva de bares fica proibida de atendimento presencial nesta etapa.
O governo de João Doria (PSDB) tem sido alvo de críticas e até ações na Justiça por conta de restrição de atividades, o que inclui setor de restaurantes e bares. Havia previsão de atualização do plano na última semana, o que não aconteceu. A Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp) entrou com ação na Justiça pedindo a reclassificação "imediata" da região para fase amarela do plano, com maior flexibilização do comércio.
Nesta semana, depois de reunião com empresários, o governo do prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), autorizou funcionamento de restaurantes até 21h e uso de calçadas para mesas. A venda de bebidas alcoólicas, no entanto, permanece vetada após às 20h. Em caso de avanço para fase amarela, comércio pode abrir 12 horas por dias e restaurantes até 22h.
Na fase laranja é autoriza a abertura de salões de beleza, barbearias e academias. O atendimento deve ser limitado a 40% da capacidade.
A região de Rio Preto registrou redução de casos nas últimas semanas. No entanto, outros indicadores para reavaliação de fases mantém a região na classificação laranja. A taxa de óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias na região era de 8,5 para grupo de 100 mil habitantes, considerada alta.
Por outro lado, nas últimas duas semanas, a incidência de casos novos da doença ficou em 386,1 em grupo de 100 mil habitantes. Há duas semanas, a média de casos era de 508,4.
A taxa ocupação de leitos de UTI com pacientes que estão Covid-19, no entanto, registra alta em relação a dados verificados no início do mês, na mais recente atualização do plano. Há duas semanas, a taxa de ocupação na região estava em 59%. Nesta quinta, 18, a taxa de ocupação nas UTIs estava em 68,7%.
Em coletiva nesta quarta-feira, 17, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que há registro de queda de internações nas últimas semanas, mas disse que o "maior comprometimento" é registrado no Interior.
Já a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, afirmou que o governo estadual faz "estudos regularmente" para avaliar se novas revisões no plano, com maior flexibilização serão adotadas. Ela defendeu restrições após às 20h. "Esse modelo é aplicado no mundo inteiro e continua sendo aplicado. Durante o dia não há registros de aglomerações devido à horários de funcionamentos. Ainda assim estamos trabalhando com setores para ver se novas revisões podem ser feitas", disse.