A maioria da Câmara de Rio Preto confirmou ao Diário que irá tomar a vacina contra a Covid-19, assim que a imunização for autorizada. Dos 17 parlamentares, 15 concordam que a imunização é necessária para o fim da pandemia e retomada da economia. Na contramão, o vereador Anderson (PL) disse que não vai se vacinar. Já Jorge Menezes (PSD) disse que ainda analisa a questão.
Na parcela favorável à imunização estão os cinco novatos da Casa. "A gente tem que pensar na cura e esquecer a questão política. Sou mais um na fila. E qual vacina? A disponível", disse Bruno Marinho (Patriota). "Também tomaria, só não sei qual", completou Bruno Moura (PSDB).
O vereador eleito pelo PP, Odélio Chaves, disse que depois da aprovação, não há "óbices" para a vacina. "Com segurança e eficácia comprovadas, (vacinas) resultarão no mesmo efeito prático, a imunização da população". O cabo Júlio Donizete (PSD), que passou 37 dias internado para tratar a Covid e se recupera em casa, informou que também irá se imunizar.
Robson Ricci (Republicanos) citou a vacina da Pfizer ao dizer que tem preferência por vacinas liberadas pela Anvisa. "Hoje o que se discute é que a vacina com melhor performance é a da Pfizer/BionTech."
O presidente da Câmara, Pedro Roberto (Patriota), também defendeu a vacina. "A gente fica muito feliz com a notícia de previsão de início no dia 25". A mesma opinião também tem o ex-presidente da Casa, Paulo Pauléra (PP). "Estamos torcendo pela vacina. Como sou grupo de risco, 64 anos, quero ser um dos primeiros da fila", afirmou.
Dos vereadores do MDB, Celso Peixão, também diz ser favorável. "Há uma semana perdi minha irmã para a Covid. Não entro nessa questão política. A gente tem que ver o bem público", disse. Jean Charles afirmou que também deve tomar. "Eu tenho propensão a tomar qualquer uma. Também sou do grupo de risco", afirmou. "Irei tomar a que tiver disponível", completou Cláudia de Giuli.
Rossini Diniz (PL) afirmou que vê a vacina como saída para a crise. "Eu vou tomar, tem que tomar para o nosso país andar e a economia voltar", afirmou. Mesma opinião de Renato Pupo (PSDB): "Vou tomar a primeira que for liberada."
Francisco Júnior (DEM) também analisa a vacina como proteção. "É uma oportunidade de nos proteger e proteger ao próximo, não há motivos para não tomarmos", afirmou. "Totalmente a favor da vacina pública e universal", completou João Paulo Rillo (Psol).
A vereadora Karina Caroline (Republicanos) defendeu a vacina regulamentada. "Primeiro ponto, a vacina é necessário. Segundo, tem que ser cientificamente comprovada a sua eficácia", afirmou.
Já o vereador Anderson Branco disse que não irá se vacinar. "Não vou tomar! A chinesa nem pensar!". Para o vereador, não há informações seguras. "Acho que ainda faltam esclarecimentos", disse. Branco votou favorável ao novo Código de Posturas do município, que prevê vacinação obrigatória de imunizantes do plano nacional de vacinação. "'Meu corpo, minhas regras', não é assim que se fala? Ainda tenho muitas dúvidas", criticou.
Frente Parlamentar
O presidente da Câmara e vereadores articulam uma frente parlamentar da Covid na Casa para acompanhar ações da pandemia. O grupo deve ser formado por um vereador de cada partido para acompanhar atendimentos, lotação de leitos, volta às aulas, transporte público e afins. "Estamos articulando e vendo a viabilidade legal", disse Pedro.
Edinho favorável
Sobre a vacinação, o prefeito Edinho Araújo (MDB) também disse que irá se vacinar. "Independente da marca, o importante será a tão esperada imunização das pessoas", finalizou.
(Colaborou Luna Kfouri)