No último dia 31 de dezembro, ex-prefeitos da região de Rio Preto concluíram seus respectivos mandatos e repassaram o comando do Executivo a novos gestores, sejam de oposição ou aliados políticos. Levantamento feito pelo Diário revela a que os políticos derrotados ou que não concorreram às eleições vão se dedicar a partir deste ano.
Carlos César Zaitune (MDB), que governou Guapiaçu até dezembro, tentou a reeleição, mas perdeu a corrida por 477 votos para Jean Carlos Vetorasso (DEM), filho da ex-prefeita Ivanete - morta em acidente em 2013. Zaitune disse que, no momento, não pretende retornar aos seus negócios — atualmente comandados pelo filho — e que irá tirar um período para descansar, guardando forças para seguir na política. "Preciso de um tempo pra renovar, vou conversar com partidos e deputados e ver como serão os próximos passos", disse o ex-gestor, que atribuiu sua derrota aos 14 dias do período pré-eleitoral que ficou internado devido à Covid-19. Zaitune contou, ainda, que por enquanto seguirá no MDB, mas que já tem convite de filiação de três partidos.
O ex-prefeito Flávio Alves (PSD) foi derrotado na eleição em Potirendaba. Gislaine Franzotti (PTB) venceu a disputa por 207 votos. Alves disse que tem novo projeto, que envolve sua carreira como empresário e também como político, mas que por enquanto prefere mantê-lo em sigilo.
O médico Toshio Toyota (Cidadania), que concluiu seu quarto mandato em Novo Horizonte, mesmo enquanto prefeito seguia atendendo em seu consultório. Ele disse que se dedicará exclusivamente a seu ofício como ortopedista especialista em geriatria. Ele não apoiou nenhum dos três candidatos que concorreram ao pleito. No entanto, Beto de Souza (Republicanos), líder de Toyota na Câmara, foi candidato a vice na chapa de Cléber Gaúcho (PSDB), que recebeu o apoio da equipe do ex-prefeito e foi derrotado por Fabiano Belentani (PL) por 8114 votos.
Marta do Espírito Santo Lopes (MDB), que assumiu como prefeita de Catanduva em 2019 após a cassação de Afonso Macchione (PSB), garantiu que com o final de seu mandato não possui pretensões políticas. Formada em Educação Física e Pedagogia, a servidora municipal aposentada deverá direcionar sua atenção à vida pessoal e às atividades assistenciais que sempre desenvolveu na Sociedade Espírita Boa Nova. No ano passado, Marta não apoiou nenhum candidato a prefeito.
Já em campanha
João Dado (PSD), que governou Votuporanga até dezembro, afirmou que não seria candidato à reeleição. O ex-deputado federal, que foi eleito em 2010 pelo PDT, e migrou em seguida para o Solidariedade, disse que agora continuará "trabalhando pelo bem da cidade". O Diário apurou que Dado deverá ser candidato a deputado federal em 2022. Nas eleições de outubro, o partido do ex-prefeito apoiou a candidatura de João Garcia (Podemos), que ficou em 3º lugar com 5.425 votos. Garcia disse que não tinha o apoio de Dado e que ele apoiava Jorge Seba (PSDB), prefeito eleito com 21.184 votos.
Ademir Maschio (DEM), que governou Santa Fé do Sul nos últimos quatro anos, segue na política. O ex-gestor, que tentou reeleição, mas foi derrotado pelo ex-vereador Evandro Mura (PSL) por 2241 votos, assumiu a Secretaria de Fazenda na gestão do prefeito eleito Luis Henrique (PSDB), em Jales. Antes de ser prefeito, Maschio foi secretário de Agricultura e presidente da Fundação Educacional de Santa Fé do Sul (Funec).
Ex-prefeito de Jales Flávio Prandi (DEM) não tentou a reeleição e também não apoiou nenhum dos três candidatos. O DEM apoiou a coligação do prefeito eleito Luis Henrique (PSDB).
Com o final de seu mandato, Prandi contou que entraria de férias neste início de ano para definir seu destino.
Antes de ser prefeito, ele trabalhou no governo do Estado em algumas secretarias como Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico e Habitação. O Diário apurou que o ex-prefeito poderá ser candidato a deputado estadual no ano que vem. Questionado, o ex-prefeito disse que isso "deverá acontecer naturalmente". "Meu nome está sempre colocado, mas depende muito da conjuntura regional e das candidaturas de governador", afirmou Prandi.
André Vieira (PTB), que governou Mirassol, disse que irá voltar ao exercício de advocacia e que ainda não planejou os próximos passos em relação à política. "Vou descansar uns dias e depois volto a pensar sobre minha vida profissional. Irei pensar bastante sobre meu futuro político", afirmou o ex-prefeito.