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16.Fev.2021 às 23h38

AgroDiário

Com safra menor, preço da laranja ganha impulso

Estimativa da Fundecitrus aponta que a safra teve retração de 30% em relação à temporada anterior, porém o período de entressafra valorizou o preço da laranja no mercado, a quase R$ 50 a caixa


Por: Cristina Cais
Produtores José e Guilherme Dezan, 
de Paranapuã
Produtores José e Guilherme Dezan, de Paranapuã - Divulgação

Asafra de laranja do ano agrícola de 2020/2021 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, principal região produtora do mundo, foi reestimada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e divulgada no último dia 10 de fevereiro, apontando uma safra 30,45% menor em relação à safra anterior. Na região do noroeste paulista, citricultores confirmam as perdas de pomares relacionadas, principalmente, com as situações climáticas adversas, de altas temperaturas e poucas chuvas em época de florada das árvores.

Segundo os produtores rurais da região, os registros vão de 15% a 40% a menos da produção da safra de laranja anterior. "O ano foi bem difícil, desde a florada que atrasou com a falta de chuvas até a colheita, que teve uma quebra de produção", observa o citricultor Rodrigo Segantini Barato. Entre as áreas plantadas no município de José Bonifácio e na região de Jales, que totalizam 150 mil plantas de laranja, Rodrigo acredita que a colheita ficou entre 30% a 40% menor do que a safra passada.

Rodrigo explica que dois fatores são importantes e acabaram sendo limitantes à citricultura no ano passado, destacando a temperatura alta e a falta de água (de chuva). Mesmo com o sistema de irrigação utilizado em todos os pomares de laranja das propriedades, o produtor disse que ainda não foi suficiente para suprir a seca causada no outono do ano passado.

A colheita se encerrou nos laranjais de Rodrigo, que comercializa os frutos com as indústrias de suco e, recentemente, ele também está produzindo laranja de mesa. A qualidade do fruto, que chega para o consumidor, é o maior desafio, segundo Rodrigo. "Com as altas temperaturas, tivemos o abortamento do fruto ou o desenvolvimento comprometido", disse Rodrigo ao explicar o resultado de se ter a laranja de tamanho menor atualmente no mercado.

Preços que compensam

No pomar do produtor rural Vitor da Silva Lanzoni, de Paranapuã, é difícil encontrar frutos que não foram derrubados ao chão com a longa estiagem. "A seca severa, igual tivemos por aqui, no ano passado, faz com que o fruto amadureça rápido e, com a chuvarada dos últimos dias, vai derrubando as laranjas das árvores", conta o produtor. Ele ainda está colhendo algumas frutas, que entraram no período da entressafra, e lembrou que a laranja de qualidade, que é a mais procurada no mercado, está em escassez.

A principal comercialização de citros, na produção da propriedade de Vitor, se direciona para o entreposto da Ceasa em Araçatuba e também para os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso. Junto com o pai, Pedro Lanzoni, Vitor cultiva 40 mil árvores de laranja, 28 mil pés de limão e 2 mil pés de ponkan. E garante, que mesmo com poucas laranjas disponíveis no pomar e de 30% a menos da sua produção, os preços da laranja estão mais atrativos neste mês.

"Hoje temos laranja sendo comercializada entre R$ 42,00 a R$ 48,00 (caixas com 40,8 quilos), o que é muito bom para os produtores em termos de valores", avalia Vitor. Mas o citricultor lembra que o custo de produção é muito alto, além dos insumos que estão com preços elevados. "Para nós, um pé de laranja tem um custo aproximado entre R$ 36,00 e R$ 40,00 por ano e quem não tiver um rendimento de cinco caixas por árvore não consegue manter a citricultura", explica.

Nos próximos 30 dias, o citricultor Guilherme Dezan programa encerrar a colheita de laranja da variedade pera, a mais cultivada e de maior consumo no mercado brasileiro. Do pomar de 45 mil árvores plantadas, Guilherme e o pai, José Dezan, colheram 15% a menos do que na temporada anterior. Até o final da entressafra, Guilherme afirma que a expectativa é de colher 35 mil caixas da fruta.

Apesar da seca, que atingiu os pomares na propriedade de Guilherme em Paranapuã, os preços das caixas de laranja estão mais valorizados e o citricultor disse que está satisfeito com a cultura da laranja. "Há três anos, os preços da laranja estão melhorando para os produtores. Nos últimos meses a caixa da fruta foi comercializada em média, por R$ 46,00 e até R$ 48,00", diz Guilherme.

 

 Colheita de laranja na propriedade de Guilherme Dezan
Colheita de laranja na propriedade de Guilherme Dezan - Divulgação
Colheita de laranja na propriedade de Guilherme Dezan
Colheita de laranja na propriedade de Guilherme Dezan - Divulgação
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SP concentra 79% da produção

Na nova estimativa do Fundecitrus, os Estados de São Paulo e de Minas Gerais foram responsáveis pela produção de 269 milhões de caixas de laranja. O valor é 6,52% inferior à primeira estimativa, de maio de 2020, e 30,45% menor em relação à safra anterior, a pior quebra dos últimos 33 anos. Atualmente, de acordo com o IBGE, o Estado de São Paulo é responsável por 79% da produção de laranja no País.

Segundo o coordenador da pesquisa do Fundecitrus, Vinícius Trombin, apesar de dezembro ser considerado o mais chuvoso da última década, as plantas ainda sofrem os efeitos da escassez de água observada em 2020. "Essa quebra de safra sem precedentes na história da citricultura evidencia a severidade dos problemas climáticos. Após dezembro registrar volume pluviométrico 8% acima da média histórica, o cinturão citrícola voltou, em janeiro, a enfrentar o quadro de escassez de chuvas, que vem predominando desde o início da safra, provocado principalmente pelo fenômeno La Niña", explica.

Para o engenheiro agrônomo Stocler de Andrade, de Bebedouro, a safra de laranja chegou ao fim com alguns talhões tardios da fruta, em decorrência da adversidade do clima. "Fatores climáticos, como a falta de chuva e a alta temperatura registrada em setembro, impactaram a citricultura no ano passado."

Os frutos novos dos laranjais, com as altas temperaturas, segundo Stocler, acabaram sendo jogados para fora, sistema conhecido também como o abortamento das laranjas. "Isso ocorre com a falta de água e foi considerado o problema maior da quebra de safra 2020/2021", completou o agrônomo.

Leve alta no preço

Na análise do boletim mensal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), com a proximidade do encerramento da colheita das laranjas remanescentes de 2020/21 (pera temporã e variedades tardias), a procura por frutas com qualidade tem se intensificado, o que vem impulsionando as cotações do mercado.

De acordo com os dados do Hortifruti/Cepea, nas primeiras semanas de fevereiro, a laranja pera registrou média de R$ 38,43 (a caixa de 40,8 kg), uma leve alta de 1,5% em relação à do período anterior. A perspectiva é de que os preços permaneçam firmes no mês de fevereiro e no próximo mês, uma vez que a disponibilidade de laranjas precoces deve aumentar somente a partir de março e abril, quando as "bocas de safra" de 2021/22 começam a ser colhidas. (CC)

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