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22.Fev.2021 às 23h05

EFEITO DOMINÓ

Reajuste no preço do óleo diesel influencia no custo de transporte e alimentos

Reajuste no preço do óleo diesel, que acumula alta de quase 28% nas refinarias neste ano, impacta toda a cadeia produtiva e influencia no custo de transporte de produtos e pessoas e também de alimentos


Por: Felipe NunesLiza Mirella
Caminhoneiro Ademar Rosa: impacto forte no custo do transporte
Caminhoneiro Ademar Rosa: impacto forte no custo do transporte - Johnny Torres 22/2/2021

As altas de preços do óleo diesel não poupam praticamente ninguém. É que 60% do que é consumido no Brasil é transportado por rodovias. E, se o combustível sobe, o valor do frete e dos produtos acompanha esse movimento. Isso vale para alimentos secos, carnes, o que é importado e encomendas feitas pela internet.

O aumento mais recente foi anunciado dia 19 pela Petrobras, o maior deste ano. O óleo diesel ficou 15,2% mais caro nas refinarias. A gasolina subiu 10,2%. Dessa forma, com o quarto reajuste do ano, o óleo diesel acumula alta de 27,5% no ano e a gasolina, de 34,8%. Os preços da Petrobras estão alinhados aos do mercado internacional.

Em Rio Preto, o litro do diesel S-10 pode ser encontrado por valores entre R$ 3,499 e R$ 4,199. Já o litro do diesel comum varia de R$ 3,599 a R$ 4,098, segundo pesquisa do Diário de 9 de fevereiro. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o preço médio do diesel era R$ 3,706 na semana de 7 a 13 de fevereiro.

Os novos valores aos consumidores devem aparecer nas próximas semanas, já que antes de chegar aos postos, os combustíveis ainda passam por distribuidores e revendedores, que estavam tentando segurar parte dos últimos reajustes. No meio do caminho, são acrescidos tributos aos seus preços.

Ao mesmo tempo em que o reajuste foi anunciado pela Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro informou que a partir de 1° de março não haverá nenhum imposto federal sobre o preço do óleo diesel, decisão tomada para tentar evitar uma greve dos caminhoneiros. Os impostos federais que incidem sobre o diesel são PIS, Cofins e Cide - eles compõem 9% do valor final do produto. No meio disso tudo, Bolsonaro indicou o general da reserva Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco no comando da Petrobras.

O governo também enviou um projeto ao Congresso para que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual, tenha valor fixo. A proposta é que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) decida qual é o valor do ICMS em cada tipo de combustível.

Para o economista Hipólito Martins Filho, o reajuste do diesel traz problemas de diferentes ordens para a economia brasileira. "Por ser um preço matriz é um reajuste que se propaga por toda a cadeia, do transporte de alimentos, transporte de pessoas a quem tem veículos que usam o combustível", disse. Ou seja, em breve essas altas vão impactar nos índices que medem a inflação e aparecer aos consumidores.

E, quando anuncia que vai isentar o produto de impostos ou vai mexer na gestão da Petrobras, o prejuízo é de ordem macroeconômica, diz Martins Filho. "Essas decisões vão tirando a confiança dos investidores em relação à empresa estatal e ao País. A isenção de impostos é uma medida populista, que vai trazer mais prejuízos à arrecadação federal, afetada em função do recuo da atividade econômica nesse momento de pandemia", afirmou.

Segundo o Luciano Nakabashi, professor de economia da FEA-RP/USP em Ribeirão Preto, o impacto do aumento não chega a ser grande, mas depende do produto e seu valor agregado. A questão é que ele atinge diferentes bens que são produzidos. "O principal custo agora seria uma nova greve de caminhoneiros, ainda mais no momento em que a economia está lenta como agora".

Para o presidente do Sindicato Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), de Rio Preto, Roberto Uehara, esse reajuste tem efeitos péssimos. "Como no País o transporte rodoviário predomina, essa alta causa um efeito forte no varejo, um efeito dominó. E, para o setor, quanto mais alta ocorre, mais o mercado se retrai, dificultando ainda mais nossa situação", disse.

Perdas

Para quem atua com transporte, o impacto também não é pequeno. Segundo Jéssica Caballero Lopes, diretora da transportadora Trans Real Logística, além das altas constantes, não ter uma previsibilidade de valor impacta no negócio. "O óleo diesel é responsável por 30% do custo do transporte. E ter um valor novo a cada dia, com sucessivos aumentos, vem dificultando nosso trabalho".

Há contratos com duração de um ano, em que os termos já foram firmados anteriormente com os clientes. Com as altas, a empresa acaba tendo prejuízo. Agora, a diretora da transportadora vai tentar renegociar as tarifas com clientes, em função da última alta do diesel. "Ao repassar no valor do frete, o produto fica mais caro para a indústria. E quem paga, no fim da cadeia, é o consumidor final", disse.

(com Agência Estado)

Ricardo Fonseca, motorista, reclama das altas frequentes de preços do diesel
Ricardo Fonseca, motorista, reclama das altas frequentes de preços do diesel - Johnny Torres 22/2/2021

Caminhoneiros sentem

Um elo importante da cadeia produtiva, os caminhoneiros são os primeiros a sentirem os impactos dos reajustes do óleo diesel.

Toda semana o motorista Ricardo Fonseca sai de Campinas rumo a Rio Preto para buscar equipamentos de academia que são entregues na cidade de São Paulo. Ele conta que faz o mesmo percurso já há cerca de dois anos. No início, pagava entre R$ 220 e R$ 250 apenas em combustível para percorrer o trajeto, já que o caminhão dele tem autonomia de 8 quilômetros por litros de óleo diesel. Agora, para fazer o mesmo percurso, precisa desembolsar aproximadamente R$ 460, com o mesmo veículo. "Cada dia, o preço do combustível está diferente, mas sempre para mais e o valor do frete está defasado. Está difícil trabalhar", comenta.

Com 47 anos de profissão, seis depois de aposentado, o caminhoneiro de Rio Preto Ademar Rosa diz que o encarecimento do combustível tem grande impacto no rendimento dos profissionais da categoria já que, apesar dos inúmeros reajustes no preço do derivado do petróleo, o valor pago pelo frete não tem acompanhado a mesma velocidade.

Ele cita a própria situação para exemplificar a dificuldade. Há quatro anos seu Ademar faz o trajeto de São Paulo a Boa Vista, capital de Roraima, para transportar, entre outras cargas, caroço de algodão. Ele conta que o preço pago para correr o trajeto não teve mudança nesses últimos quatro anos e continua girando por volta R$ 22,3 mil. Com essa quantia, ele precisa arcar com todos os custos da viagem, como combustível, manutenção do caminhão, pedágio e transporte de balsa em Manaus (cerca de R$ 7 mil). "Hoje, para fazer esse caminho você 'queima' R$ 11 mil de óleo, antigamente eram R$ 8 mil.

Mas se antes, sobravam cerca de 50% do valor do frete, hoje essa fatia é de 25%. "O caminhão 'come' 75% do lucro. Com esses 25% restante você precisa comer, tratar da família, pagar aluguel, pagar prestação do caminhão. No final, não sobra muita coisa".

Mesmo o decreto do governo federal de isentar os impostos no óleo diesel pelo período de dois meses não parece ter agradado a todos os profissionais. Para Fonseca, seria necessário também uma mobilização dos estados brasileiros para baixar o preço do derivado de petróleo. "Pra gente foi uma notícia ótima, mas vamos ver se os estados vão tirar também [imposto]. Aqui o diesel está em torno de R$ 3,98 o comum, mas no Mato Grosso eu paguei R$ 4,59. Vai de cada estado ver o que vão tirar da parcela deles também".

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