O Papa Francisco autorizou na manhã deste sábado, 20, a promulgação de decreto que reconhece o Padre Albino Silva, de Catanduva, como venerável. Esta é a penúltima etapa antes de ocorrer a canonização do religioso.
Padre Albino trabalhou de 1918 a 1973 em Catanduva, onde foi muito reconhecido por sua luta religiosa para aumentar o acesso da população pobre à saúde. Por sua iniciativa foi construída uma Santa Casa, que anos depois foi rebatizada de Hospital Padre Albino. A instituição também mantém um curso de medicina.
O padre Albino morreu aos 91 anos, em 19 de setembro de 1973. O corpo foi embalsamado, ficou exposto em câmara-ardente no átrio da capela do Hospital Padre Albino. O sepultamento foi realizado dois dias depois, quando o corpo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros pelas principais ruas da cidade até chegar no Cemitério Nossa Senhora do Carmo. O trajeto fúnebre foi acompanhado por 30 mil pessoas.
O processo de canonização de Padre Albino foi protocolado em 2013 pela Diocese de Catanduva na Congregação para a Causa dos Santos, órgão do Vaticano. Com o decreto do papa Francisco, foram reconhecidas as virtudes heroicas de padre Albino.
A próxima etapa do processo será a beatificação do sacerdote, mas é preciso que um de seus milagres seja reconhecido pela Santa Sé. A canonização ocorre quando acontece o reconhecimento do segundo milagre. Todo o processo é feito a partir de investigação, realizada por enviados pela Santa Sé e análise de documentos.
O atual prefeito de Catanduva, padre Osvaldo Rosa (PSDB), diz que a declaração de padre Albino como venerável é sinal de reconhecimento do trabalho do religioso pelos mais pobres. "Catanduva agradece por mais passo no processo de reconhecimento de santidade do padre Albino", diz o prefeito.
Outros processos
Na região de Rio Preto também há outros processos em andamento de canonização. Em 2006, foi beatificado o padre agostiniano Mariano de la Mata Aparício; e em 2014 foi a vez da madre Assunta Marchetti, da Congregação das Missionárias de São Carlo Borromeu- Scalabrinianas. Eles viveram em Engenheiro Schmitt e Mirassol, respectivamente. Em José Bonifácio, corre outro pedido regional de beatificação, o do monsenhor Angelo Angioni, que morreu em 2008.