De proibição das crianças levarem brinquedos na escola até limpeza das salas de aula a cada três horas. É o que prevê o protocolo da prefeitura de Rio Preto para o retorno das aulas presenciais na rede municipal. Mesmo com data incerta para o retorno dos 38 mil estudantes, do ensino infantil e anos iniciais do fundamental (1° ao 5° ano), para as 149 escolas municipais da cidade, a Secretaria Municipal de Educação já possui as regras de quando as atividades presenciais voltarem.
O Diário teve acesso ao documento de 22 páginas que explica sobre os protocolos de segurança. Assim como o plano São Paulo de flexibilização, as escolas municipais deverão acolher 35% de alunos diariamente nas fases vermelha e laranja e até 70% na fase amarela, segundo o documento elaborado por profissionais da educação e saúde do município.
Segundo a secretária de educação de Rio Preto, Fabiana Zanquetta, a pasta já reativou os grupos que discutem o retorno presencial, mas ainda não há data definida. "Quando retornar presencial, os pais poderão decidir se mandam ou não os filhos para a escola. O retorno presencial será optativo". A prefeitura também tenta regularizar a situação das 53 escolas com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) vencido, antes do retorno.
Protocolo
Segundo o guia de retomada das atividades presenciais nas unidades municipais de educação, assim que os alunos chegarem a escola deverão ter sua temperatura aferida. Com temperatura superior a 37,5°, o aluno será levado para um local separado da instituição onde deverá aguardar para fazer uma nova aferição após 15 minutos. Caso a temperatura esteja abaixo de 37,5° durante após a nova aferição, o estudante pode ser autorizado a entrar; se permanecer acima deverá ser encaminhado pra casa. A medida, segundo a pasta, visa evitar erros de aferição.
Também estão previstos tapetes com desinfetante para a limpeza dos calçados na estrada da escola e escalonamento de horários na entrada e saída de alunos, para evitar aglomeração. A prefeitura também garante no guia a instalação de dispensers de álcool em gel em todas as salas de aula e recomenda janelas sempre abertas para circulação de ar.
O guia ainda orienta que os alunos poderão ficar mais de três horas na escola, porém não no mesmo ambiente. Ou seja, a cada três horas as pessoas devem ser direcionadas a outro local da instituição de ensino para que o ambiente seja higienizado. Depois da higienização, a sala pode ser utilizada novamente, por novo período máximo de 3 horas.
No caso do ensino infantil, é orientando que as camas e colchões devem ser de uso individual e higienizados antes e após o uso, e que as crianças não poderão levar brinquedos de casa para a escola. Chama também atenção no guia da prefeitura que bibliotecários deverão usar luvas no recebimento de livros, e que as obras recebidas após o empréstimo, deverão ficar de "quarentena" durante cinco dias antes de poderem ser emprestadas novamente.
Em caso positivo de aluno, professor ou funcionário da escola de coronavírus, os locais onde a pessoa esteve deve ser isolado e o caso deve ser notificado para a Vigilância Epidemiológica que fará o monitoramento do paciente. "Falamos de surto [na escola] quando os casos têm uma relação entre si. Ou seja, que a contaminação ocorreu na escola", explicou a gerente de Vigilância Epidemiológica de Rio Preto, Andreia Negri, sobre quando o protocolo da Saúde de Rio Preto prevê que a escola seja fechada por casos de Covid-19.