Quem passa pela BR-153 no trecho urbano de Rio Preto já percebeu que, além das obras que complicam o trânsito, especialmente na região da Represa Municipal, o mato alto tomou conta das margens das duas pistas. O motorista desavisado, que precisa das placas para mudar ou seguir de direção, fica a ver navios. Ou melhor: mato.

As placas de sinalização às margens da pista são "engolidas" pela vegetação que cresce em ritmo acelerado em função das chuvas típicas deste começo de ano, que exigem uma ação mais rápida da concessionária Triunfo Transbrasiliana, que administra a via. No canteiro central da BR-153, após o viaduto que passa sobre a Washington Luís (SP-310), o cenário não é muito diferente: o mato quase impede a visualização dos carros que vêm no sentido contrário.

De acordo com a Triunfo, porém, "o trecho entre o km 054 300 e km 072 100, são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Sendo assim, até o recebimento dessas obras de duplicação, a conservação (roçada) do trecho cabe à Autarquia Federal, conforme prevê os artigos 3º e 6º na publicação da Portaria nº 151 de 28 de agosto de 2014 emitida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)", diz trecho do texto.

O Diário entrou em contato com o Dnit, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Segundo o chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rio Preto, Élbio Gonçalves, quando a situação exige que algo de emergência seja feito, a PRF toma as providências necessárias para garantir a segurança dos motoristas. "Isso a gente faz. A responsabilidade pela conservação da rodovia é da concessionária e quem fiscaliza é a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres). Quando isso acontece, da gente ver o mato alto, detecta um buraco, um ponto que tem acúmulo de água, a gente liga e comunica a Triunfo e depois oficia a concessionária", disse.

A PRF ainda faz um trabalho de posicionamento de viaturas nos períodos de maior movimento para evitar acidentes que podem acontecer na região, que também passa por obras de recapeamento.