A ocupação de leitos no Departamento Regional de Saúde (DRS) de Rio PReto, que abrange 102 cidades, voltou a subir. A de enfermarias está em 53,6% e a de unidades de terapia intensiva (UTI) em 69% - 1,6% maior que no dia anterior, com 80 novas internações. Os dados são da Fundação Seade com base em informações do governo do Estado.
O índice de leitos ocupados em UTI coloca a região perto de "migrar" para a fase laranja do Plano São Paulo, mais restritiva. Isso porque a regra atual determina que, quando a ocupação atingir 70%, a região deve sair da amarela. Nos últimos sete dias, a variação acumulada foi de 11,6%. A reclassificação ocorre nesta sexta-feira, 15.
Não apenas a região de Rio Preto corre riscos, mas os departamentos regionais de saúde de Ribeirão Preto (71,3%) e Bauru (72,3%). Quando a ocupação de leitos de UTI cresce é preocupante porque podem começar a faltar profissionais para tocá-los, como já ocorreu em Votuporanga, onde a Santa Casa precisou fechar oito vagas, e também pode ocorrer escassez de medicamentos. Além disso, um paciente de Covid em estado grave pode ficar várias semanas e até meses internados.
Em Rio Preto, havia 331 pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) internados nesta terça-feira, sendo que 174 deles tinham coronavírus confirmado. Havia 97 em enfermaria e 77 em UTI.
Na cidade, a preocupação também são os leitos de enfermaria, por isso André Baitello, assessor da Secretaria de Saúde, adiantou que deve abrir nos próximos dias uma nova unidade dedicada à Covid. Nesta quinta-feira, 13, na UPA Jaguaré, 23 dos 30 leitos de UTI estavam ocupados e todos os 15 de enfermaria estavam lotados. Se o crescimento de casos continuar, mais unidades devem ser redirecionadas também para atender os casos de síndrome respiratória. Atualmente são quatro destinadas a este fim. (MG)