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09.Jan.2021 às 22h36

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Hospitais de Rio Preto relatam dificuldade para contratar profissionais

Com novo aumento de casos e de internações por Covid-19, hospitais de Rio Preto e Secretaria Municipal de Saúde têm dificuldades para encontrar e contratar profissionais de saúde


Por: Millena Grigoleti
- freeimages.com/Divulgação

Profissionais cansados, sobrecarregados, com medo e enfrentando há dez meses uma pandemia que vai durar, pelo menos, até o meio do ano, conforme as perspectivas mais otimistas em Rio Preto. Pesa na balança o fato de que, enquanto eles se isolam de familiares para não contaminá-los, vivem com medo e dobram plantões, parte da população age como se a pandemia não existisse e promove aglomerações e não segue as recomendações sanitárias, o que está fazendo os casos graves (que demandam hospitalização) e mortes subirem novamente em uma velocidade assustadora.

São alguns dos sentimentos de quem trabalha com saúde, alguns motivos pelos quais os hospitais estão tendo dificuldade para encontrar médicos, enfermeiros e técnicos para atuar na área de Covid-19. Isso ocorre nos setores público e privado e preocupa, já que o colapso do sistema de saúde não envolve apenas falta de vagas, mas também de insumos e, claro, de recursos humanos. Para driblar o problema, centros aumentaram salários, estão pagando plantões à vista e pedindo para funcionários ficarem mais horas.

Em Rio Preto, um a cada seis dos 18 mil profissionais que atuam em todas as redes de assistência foram contaminados pela Covid-19. No total, foram 3.171 deles que ficaram doentes - isso sem contar os que trabalham aqui, mas vivem em outros municípios e, portanto, as estatísticas de Covid-19 foram contabilizadas pelas cidades da região.

Jorge Fares, diretor-executivo da Funfarme, que administra o Hospital de Base e o Hospital da Criança e Maternidade (HCM), é uma das pessoas que atuaram na linha de frente desde o início. Contaminado no meio do ano passado, ele ficou 40 dias internado e chegou a ficar intubado na UTI. Já de volta ao trabalho e recuperado, relata que está encontrando dificuldade para contratar profissionais - desde o começo, cerca de mil profissionais atuaram na ala de Covid na instituição, que é referência de atendimento para 102 municípios.

A demanda por trabalho é em todos os setores, desde a emergência até a UTI. Estão sendo contratadas cerca de 80 pessoas de diferentes especialidades. "Estamos reativando tudo e algumas pessoas trabalharam demais e não querem mais atuar. Estão cansadas, deixaram a vida privada, querem voltar para a vida que tinham. Não querem manter mais um ano disso e eu acho que todos têm razão. É um negócio de risco, que coloca em risco ele, a família. Dá para fazer por um período, mas não o tempo todo", afirma Fares.

Para atrair mais médicos, os salários das alas de Covid na Funfarme foram reajustados em 25%. Fares acredita que vai conseguir fechar o quadro com o edital que está sendo lançado, mas, caso isso não aconteça, não descarta convocar os residentes que estão se formando na Famerp, porém espera não ter de fazer isso - já que o paciente com Covid é altamente complexo e demanda um atendimento especializado, de gente com experiência em UTI.

E não é só os profissionais de saúde que são necessários. A Funfarme está contratando cerca de 40 funcionários para atuar na lavanderia. Se antes eram lavados de 3 a 4 mil quilos de roupas por dia, agora essa quantidade saltou para pelo menos 10 mil quilos, com a necessidade de troca constante nas alas Covid. Um plantonista em seis horas chega a usar 40 aventais, por exemplo. Um dos maiores riscos de contaminação está justamente na hora de retirar o equipamento, por isso é preciso muito treinamento.

Na Santa Casa, o hospital público referência para os pacientes rio-pretenses, o problema é o mesmo. Segundo Nadim Cury, provedor da instituição, a dificuldade é encontrar recursos humanos para todos os setores. "Quando a Covid deu uma trégua, muita gente dispensou. Agora todos os hospitais estão contratando. A gente tem pedido para algumas pessoas da enfermagem e até médicos dobrarem o plantão. A gente tem conseguido fechar, mas num aperto daquele", relata ele, que precisaria contratar de 20 a 30 profissionais da enfermagem.

Embora não saiba o que as próximas semanas reservam, o médico está apreensivo, já que muitos dos pacientes que foram contaminados no fim do ano ainda vão desenvolver a doença de forma grave. Além disso, tem o fato de que os profissionais se contaminam. "Tem que afastar, começa a faltar mão de obra, não acha para repor."

Em nota, a Secretaria de Saúde de Rio Preto informou que existe há alguns meses a dificuldade na contratação de recursos humanos para os setores de coronavírus, tanto de médicos quanto de enfermeiros e técnicos, e que isso não é exclusividade de Rio Preto. "Quando foi necessário, a Secretaria reorganizou o serviço para intensificar os atendimentos às síndromes respiratórias e assim garantiu que a população não ficasse desassistida. Reafirmamos que o município está preparado para atender as demandas que devem chegar nos próximos dias", disse em nota.

Dados

18 mil é o total de profissionais de saúde que atuam em Rio Preto, somando médicos, enfermeiros e técnicos dos setores público e privado

3.171 é o total de profissionais de saúde que já foram contaminados pela Covid-19 em Rio Preto

25% é o aumento dado pela Funfarme a profissionais que atuam na área de Covid do Hb e do HCM

80 é o número de profissionais que o Hospital de base espera contratar

30 é o número de enfermeiros que a Santa Casa precisa contratar

'Está todo mundo dando o seu melhor'

Na Beneficência Portuguesa, o quadro está completo agora. A gerente de enfermagem Cristiane Masieri diz que teve dificuldade em novembro e dezembro, conseguindo fechar o quadro apenas em janeiro. "Fizemos sete contratações e agora estamos com o quadro completo, mas cientes de que precisaremos fazer novas contratações futuramente."

Paulo Roberto Nogueira, médico intensivista, coordenador da UTI da Beneficência Portuguesa e professor de cardiologia da Famerp, diz que os últimos 11 meses foram de trabalho intenso. "Essa doença é multifacetada. Os pacientes mais graves têm alteração em todos os sistemas do organismo, não é só o pulmonar. É uma doença que precisa de qualificação", explica. Segundo ele, os profissionais estão atuando desde o começo, pois há dificuldade de renovar a equipe.

O médico acredita que em algumas semanas haverá um aumento grande na quantidade de internados, tanto que programa a reabertura de uma UTI que havia sido fechada quando os casos diminuíram. O trabalho de quem está na linha de frente é exaustivo, pois o paciente desestabiliza em poucas horas e demanda inclusive força física, para colocá-lo nas posições (como a Prona, de bruços) que auxiliem seu corpo voltar a funcionar normalmente.

Nogueira não vê os familiares há um ano. "Pessoalmente eu esperava que a pandemia nos trouxesse maior consciência de solidariedade, de cidadania, de amor ao próximo e infelizmente não é o que a gente vê. As pessoas de uma maneira egocêntrica não pensam na comunidade, nas pessoas mais expostas, e isso com certeza aumentou o trabalho na linha de frente", considera, reforçando que desde o começo a equipe é a mesma, e que por enquanto tem sido suficiente, mas que ela está cansada. "Física, espiritualmente, psicologicamente. Mas está todo mundo dando o seu melhor. A cada dia que passa a gente está mais perto do fim."

Questionado sobre a dificuldade em encontrar profissionais para as alas de Covid-19 e sobre como tem enfrentado o problema, o hospital Austa disse que não iria se manifestar. (MG)

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