A Polícia Civil vai investigar a denúncia feita por uma protetora de animais de invasão e depredação na área do antigo Instituto Penal Agrícola (IPA), em Rio Preto. Há suspeita de que o vandalismo tenha sido cometido por praticantes de paintball, esporte coletivo de combate com armas que soltam tinta.
A denunciante é Rosângela Maria Furloni Lourenço, 58 anos, que registrou um boletim de ocorrência, na manhã de terça-feira, 5, na Central de Flagrantes. O caso será apurado como crime de dano qualificado contra o patrimônio público. Por enquanto a autoria é desconhecida.
Rosângela afirma que vai regularmente nas imediações do IPA para resgatar animais domésticos que são abandonados pelos donos, próximo à área verde.
Na véspera de Natal, a protetora percebeu sinais de danos na cerca de alambrado e o sumiço e até destruição das vasilhas de ração e de água colocadas por ela, em apoio a cães e gatos deixados ali.
A protetora encontrou bolinhas de plásticos, disparadas por armas de pressão, conhecidas como airsoft, usadas como munição durante as disputas de equipes do esporte de combate. Também há de tinta na parte externa do prédio público.
"Eu desconfio também que tem gente que ficou brava, depois que foram pegas em flagrante pessoas que descartaram animais perto do IPA. O que nós queremos é que seja feita uma ronda mais frequente para evitar este tipo de depredação," pede a protetora.
Para comprovar sua denúncia, a protetora, acompanhada de mais defensores de animais, fotografou todos os danos e vão disponibilizar as imagens para a Polícia Civil usar para iniciar a investigação.
Coordenador da Defesa Civil, o coronel Carlos Lamin afirma que foram instaladas câmeras de monitoramento nos principais acesso ao IPA para flagrar invasão, depredação e principalmente pegar quem faz incêndios na área verde estadual.
"As câmeras instaladas são monitoradas 24 horas pela Guarda Municipal, que já flagrou gente fazendo abandono de animais doméstico, e um suspeito de atear fogo no IPA. Vamos ficar atentos para saber quem está invadindo o local", diz o coordenador.
No local fica a Floresta Estadual do Noroeste Paulista. Além do monitoramento eletrônico da Guarda Municipal, o patrulhamento do IPA é de responsabilidade da Polícia Ambiental. O capitão Antonio Pilon afirma que a invasão e o dano ao local podem ser punidos com multa.
"Na primeira vez, a multa é de R$ 500, mas o valor é triplicado em reincidência. O invasor também pode responder criminalmente pelos danos ao patrimônio e à biodiversidade mantida nesta importante área verde da região", alerta o capitão.
(Colaborou Yasmin Lisboa)