- sábado, 03 de fevereiro
A busca por entender os porquês da vida é uma arte, que aperfeiçoamos com persistência e determinação, mescladas com a humildade em reconhecer os próprios limites, trabalhando-os para torná-los virtudes. Aprendemos com isso a lidar mais serenamente com as dificuldades da vida. E então conseguimos enfrentar com coragem o constante vaivém de elevações e quedas da vida que atinge a todos.
Um dos maiores escritores brasileiros, Machado de Assis nos legou o seguinte pensamento: “A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal”. Isso nos remete a entender que os percalços são oportunidades de reavaliação de conduta.
Montanhas imaginárias, que simbolizam problemas a ser superados, sempre nos proporcionarão após atingirmos seu cume uma visão que não tínhamos da vida até então. Enxergar do outro lado da montanha é entender que depois da barreira superada, saímos mais fortes e experientes, visualizando um novo homem dentro de nós.
Conhecendo-nos mais, compreendendo o que nos faz bem e mal e aproveitando as consequências de nossas atitudes, definimos as causas e os seus efeitos do que nos faz sorrir ou chorar. Escolher um caminho a trilhar é uma opção nossa. Nunca de outro.
Quando colocamos a possibilidade de ser feliz ou triste nas costas de quem nos rodeia é porque ainda não entendemos a vida. Omissos, deixamos a responsabilidade de nosso crescimento pessoal para nosso cônjuge, pais, filhos e amigos. Cremos inconsequentemente que nossa vida seria melhor se o trânsito fluísse a contento; se os políticos fossem mais sensatos; se o patrão nos valorizasse mais ou se os funcionários se doassem constantemente. E desta forma a vida que somente nos pertence fica à mercê do alheio. E nós? O que nos cabe naquilo que é nosso, não dos outros: a oportunidade de desenvolvimento pessoal e espiritual?
Quebrar paradigmas é uma ação corajosa! E um dos mais arraigados em nosso ser é o pensamento que a vida gira em torno de nossos desejos e ambições. E assim dependemos demais do que os outros fazem para nós ou ao redor, para termos a sensação de bem-estar. Comodismo com a própria falta de ação leva à estagnação pessoal. Resultado: a vida não é compreendida. Esperamos algo que ela não pode dar: passos por nós mesmos...
“Nosce te ipsum” (Conhece-te a ti mesmo): este pensamento grego descrito no Templo de Delfos, base de ensino do filósofo ateniense Sócrates há milhares de anos, continua atual e necessário. Significa que temos que conhecer nossos limites e virtudes, ser capazes de rever conceitos e aprender mais e sempre. Refletindo sobre este conselho, temos a oportunidade de compreender os motivos pelos quais há dificuldades de relacionamento e compreensão da própria existência. E também incentiva-nos a ter coragem em fazer uma viagem dentro de nós mesmos, analisando se temos feito por merecer o bem que desejamos.
Bastaria abrir os olhos e enxergar o que temos feito, excluindo o egocentrismo e sendo mais assertivos nas decisões para que a vida naturalmente nos trouxesse compreensão. Mas abrir os olhos sobre si mesmo nem sempre é fácil. Ocultar deficiências dá menos trabalho. Porém, cedo ou tarde a verdade sai do poço, sem perguntar quem está à borda.
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