Deputado de oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o deputado Carlos Giannazi (PSOL) apresentou nesta terça-feira, 3, projeto para revogar a lei aprovada pela mesma Assembleia em dezembro do ano passado de autoria do deputado Carlão Pignatari (PSDB), atual líder do governador João Doria (PSDB) na Casa.
Para aprovar a lei, que beneficia a Indústria Brasileira de Farmoquímicos (IBF), empresa com sede em Rio Preto e da qual o tucano é um dos acionistas, a Assembleia chegou a derrubar veto do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à medida.
"Vou pedir apoio a todos os deputados [para votar o projeto], em caráter de extrema urgência", disse Giannazi. "Ninguém sabia que ele [Carlão] tinha interesse direto nessa questão."
O deputado tucano, que é de Votuporanga, nega que tenha pretendido beneficiar IBF e a si próprio. "Acho que um laboratório público tem de privilegiar a venda para agente público. Para quem atende o SUS. Para que querem vender para o Einstein e Sírio. E não vender para o HB de Rio Preto e o Hospital do Câncer de Barretos", afirmou.
A lei proposta por Carlão e aprovada pela Alesp praticamente impediu o governo, por meio do laboratório público estadual que integra o Hospital das Clínicas (HC), de vender o mesmo remédio produzido pelo IBF o FDG (18 F), usado para diagnosticar o câncer a entidades filantrópicas, e assim eliminou um dos principais concorrentes da companhia da qual ele é investidor, cujo faturamento mensal é de cerca de R$ 800 mil, segundo o presidente da companhia, Paulo Togni.
Frase:
'Querem evitar a convocação da secretária. No convite não cabe perguntas. É uma manobra. Um passa-moleque'
Gerson Furquim, vereador do PP, ao criticar a ação de colegas da base do prefeito Edinho Araújo (MDB) para barrar a convocação da secretária da Educação, Sueli Costa, que foi até aCâmara nesta terça, 3, mas como“convidada”, quando nenhum vereador pode fazer perguntas