Quem tem cachorro ou gato em casa sabe que cedo ou tarde o bichinho vai dar algum susto, seja "fazendo arte" ou comendo algo que não devia. Devido ao seu comportamento mais agitado e curioso, os pets exigem certos cuidados dos seus tutores, principalmente quando filhotes.
"Os filhotes são os mais curiosos. Quando eles estão chegando na família, precisam conhecer e se adaptar ao ambiente e, por isso, é comum que mastiguem objetos, se escondam atrás dos móveis e subam em lugares altos além de cheirar e lamber quase tudo que veem pela frente", diz o veterinário Cauê Toscano. Portanto, prestar atenção nos filhotes e mantê-los em um ambiente seguro é fundamental para evitar acidentes.
"Alguns cuidados com a sua saúde têm sido adotados com o viés preventivo. Entretanto, é comum observar alguns hábitos que, embora pareçam inofensivos, podem custar o bem-estar do animal", explica a veterinária Danila Baccarin.
"Quando a gente recebe um filhote em casa, tem que pensar que está recebendo uma criança. Tudo que é pequeno, algo que é perigoso, tem de ser tirado do alcance dele", recomenda a veterinária Giulliana Tessari. Por isso, é importante manter os ambientes seguros da casa ou do apartamento, além do carro, para evitar acidentes. Bibelôs, produtos de limpeza e plantas venenosas têm de ser tirados do acesso ao pet. O importante é dar segurança e o maior conforto aos bichinhos.
Existem brinquedos apropriados para cães e gatos de diferentes tamanhos. Cães de porte médio e grande não deve ter brinquedos muito pequenos ou com peças miúdas, já que podem ser engolidos. É muito comum que cachorros pequenos procurem objetos para roer, pois seus dentes estão em processo de formação e crescimento. "Tenha brinquedos em casa, caso contrário, é muito provável que ele roa paredes e sapatos", sugere Cauê Toscano.
- Telas de proteção - Para quem mora em apartamento, elas são essenciais tanto para os felinos como para os cães, que também gostam de ficar olhando pela janela. Por exemplo, uma brincadeira para pegar a bolinha perto da janela ou da varanda ou um pulo para alcançar um pássaro podem ser perigosos;
- Fios de aparelhos eletrônicos ou de extensões - Além de choques com descargas elétricas por mordidas ou esbarrões, pode ocorrer enforcamento, principalmente em gatos, que adoram se enrolar. É importante sempre verificar se há fios desencapados. O ideal é agrupar os fios em serpentinas e fazer com que essa fiação fique longe do alcance dos animais;
- Cozinha - Queimaduras por contato com panelas, líquidos quentes e forno aceso são os maiores riscos. As facas e objetos pontudos devem ser guardados nos armários fechados para evitar cortes indesejáveis. Cuidado também com os alimentos que caem no chão, pois podem fazer mal aos bichinhos;
- Área de serviço - Os produtos de limpeza nunca devem ser deixados no chão, pois os cães e gatos, principalmente os filhotes, costumam ser curiosos e poderão se intoxicar. Coloque sempre em prateleiras ou armários fechados no alto. A lata de lixo, além de ter restos de alimentos, pode conter objetos cortantes e tóxicos, também deve ser bem fechada para evitar o acesso dos bichinhos;
- Objetos que caem no chão - Muitos viram alvo de brincadeira. Por isso, atenção com os itens perigosos como brincos, anéis, chaves, canetas, lápis, moedas, agulhas, sacos plásticos e bolas de pingue-pongue, que podem ser engolidos e provocar sequelas e até a morte do pet;
- Sala e quarto - Como os gatos adoram caminhar por prateleiras e móveis altos, é preciso ter atenção aos objetos e enfeites que quebram facilmente. Dependendo do material, como o vidro, pode causar cortes na pele do bichano;
- Banheiro - Feche bem as embalagens dos medicamentos e guarde-os em armários no alto. Além disso, giletes e tesouras devem ser guardadas em gavetas, pois podem ser manipuladas ou até engolidas pelos animais;
- Área externa - Atenção com os portões com dispositivo elétrico ou lanças pontudas. Manter sempre as portas e portões bem fechados para evitar escapadas. Cuidado também com as espécies de plantas no jardim que são tóxicas para os pets, como antúrio e comigo-ninguém-pode;
- Piscina - Para evitar afogamento, coloque proteção ou ensine o cãozinho a usar a escada para sair da água. Caso prefira, mantenha sempre o pet sob supervisão ou preso para que ele não caia na água.
Fonte: Giulliana Tessari, veterinária