Grupo ligado ao presidente da Câmara de Rio Preto, Paulo Pauléra (PP), assinou requerimento da CPI que irá investigar a nomeação da ex-diretora legislativa Cristiane Pereira dos Santos Pavan e sua relação com a empresa Vitrine Serviços Eirelli. Nesta terça, 5, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo vereador Marco Rillo (PT) foi criada durante a sessão.
Pauléra anunciou que o sorteio do presidente, relator e membro da comissão acontecerá nesta quarta, 6, às 16h. A CPI foi protocolada com oito assinaturas a do próprio Rillo, Jean Dornelas (PRB), Renato Pupo (PSD), Karina Caroline (PRB), José Lagoeiro (DEM), Márcia Caldas (PPS), Jean Charles (MDB) e Pedro Roberto (PRP) , duas a mais do que o mínimo exigido. De acordo com o petista, Anderson Branco (PR), Cláudia de Giuli (PMB), Fábio Marcondes (PR), Francisco Júnior (DEM), Celso Peixão (PSB) e José Carlos Marinho (PSB) aderiram após ele ter conseguido as assinaturas necessárias para a abertura da apuração do caso. Todos, no entanto, poderão participar do sorteio. Os vereadores têm 48 horas para assinar o requerimento após o protocolo da CPI na Casa.
O foco da investigação é a nomeação de Cristiane, que deixou o comando da empresa que possui R$ 4 milhões em contratos com a Prefeitura para assumir cargo de diretora na Casa com salário de R$ 6 mil. Ela foi demitida do cargo pelo próprio Pauléra uma semana após a sua nomeação. Ela assumiu o cargo no dia 2 de janeiro, mas deixou o comando da empresa só no dia 4, conforme consta em certidão da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). A nomeação ocorreu no dia 5 do mês passado.
O temor de Rillo é de que vereadores que não querem investigar o caso sejam sorteados. "Eles não querem investigar, mas assinaram a CPI", afirmou.
Aliados de Pauléra também ocuparam os principais cargos nas comissões permanentes. Os vereadores Anderson Branco (PR), Jorge Menezes (PTB) e Jean Charles (MDB) formarão a comissão de Justiça pelos próximos dois anos. Os dois primeiros ajudaram a eleger Pauléra na eleição da Mesa Diretora em dezembro de 2018. A comissão é responsável por analisar a legalidade dos projetos de lei. Cada comissão tem três cargos um presidente e dois membros. Por isso, o grupo ligado a Pauléra posicionou dois parlamentares em cada comissão.
Outra comissão cobiçada é de Obras. Ela será presidida por José Carlos Marinho (PP) e os membros serão Karina Caroline (PRB) e Rillo. Já a comissão de Finanças será presidida por Celso Peixão (PSB); Márcia Caldas (PPS) e Pedro Roberto (PRP), membros.
Por 12 votos a 2, os vereadores de Rio Preto rejeitaram a abertura de Comissão Processante (CP) contra o presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), acusado de suposta infração político-administrativa por conta da nomeação de Cristiane Pereira dos Santos Pavan, que teria sido nomeada para o cargo de diretora enquanto ainda estava ligada ao comando da Vitrine Serviços Eirelli.
Votaram a favor os vereadores Renato Pupo (PSD) e Jean Dornelas (PRB). Três vereadores não participaram da votação: o autor do pedido da CP, Marco Rillo (PT), Pauléra e o vice-presidente do Legislativo, Fábio Marcondes (PR), que conduziu a votação.
Marcondes e Dornelas protagonizaram um bate-boca por conta de desentendimento na formação das comissões permanentes. (RL)