O emprego formal na região de Rio Preto fechou no azul em 2018. Apesar do resultado positivo, o número é inferior ao fechamento do ano anterior. Levantamento feito com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Emprego e Trabalho (MTE), mostra que o saldo de vagas geradas foi de 3.121 em 36 municípios da região, fruto de 165.823 contratações e 162.702 demissões. Esse volume representa uma queda de 66,3% em relação ao total de 2017, que havia sido de 9.271 (164.023 contratações e 154.752 desligamentos).
Quem ajudou a segurar o desempenho regional foi Rio Preto, que fechou o ano com saldo de 1.836 empregos e, naturalmente, como o maior município, tem papel mais relevante no indicador. Outros dois municípios com resultado importantes foram Santa Fé do Sul (862) e Olímpia (465).
O setor de serviços, assim como ocorre nacionalmente, é o que acaba carregando o bom desempenho regional. Nas três cidades, o segmento foi o que mais gerou emprego: em Rio Preto (1.351) e Olímpia (348). Em Santa Fé do Sul, o destaque ficou por conta da indústria, com mais 709 vagas.
Ao mesmo tempo, três municípios com economia dependente da agropecuária tiveram desempenhos negativos no ano passado, o que fez com que o fechamento de 2018 fosse pior que o de 2017. Para se ter uma ideia, Bebedouro teve saldo negativo de 1.549 empregos. No ano anterior, haviam sido geradas 4.203 vagas, resultado melhor do que o de Rio Preto, que havia fechado com geração de 2.120 vagas em 2017. Em seguida, aparece Monte Azul Paulista (-480) e Novo Horizonte (-275). "Essas cidades têm frigoríficos, são municípios que exportam. O resultado negativo pode estar ligado a isso: a queda das exportações dos produtos que eles produzem", afirmou o economista Hipólito Martins Filho.
Em recente entrevista ao Diário, o economista destacou também que a greve dos caminhoneiros e as incertezas com as eleições presidenciais também tiveram impacto na redução do ritmo do emprego.
Ao todo, dos 36 municípios, 27 tiveram resultado positivo e sete, negativo. O economista Bruno Sbrogio destaca o aspecto positivo da geração de vagas nos 12 meses do ano. "São cidades muito ligadas à agropecuária, de íntima relação com o setor primário, então, se o setor primário vai bem, essas cidades vão bem. Mas a agropecuária acabou sendo o setor que mais demitiu e isso se refletiu no desempenho desses municípios", disse.
Dezembro
Em dezembro, o resultado regional foi negativo. Das 36 cidades, 28 não conseguiram gerar empregos, sete tiveram saldo positivo e uma permaneceu estável. Ao todo, foram perdidos 4.842 empregos, resultado de 9.661 contratações e 14.503 demissões. O pior desempenho no mês foi de Rio Preto (-1.259), Bebedouro (-731) e Novo Horizonte (-529).
No Brasil, foram abertas 529.554 vagas formais.
(Colaborou Nathane Piloto)
O comércio varejista de Rio Preto fechou o mês de novembro do ano passado com saldo positivo de 403 postos de trabalhos com carteira assinada. Segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio), o bom resultado vem das 1.478 contratações e 1.075 demissões.
Oito atividades abriram vagas, mas o destaque são as lojas de vestuário, tecidos e calçados (205) que foram os setores que mais contrataram. Apenas o setor de autopeças e acessórios obteve resultado negativo (-7).
Segundo o presidente do Sincomercio, Ricardo Eládio Arroyo, novembro se destaca em contratações por conta das vendas de fim de ano. "Os lojistas enxergam a necessidade em suprir a movimentação maior com contratação de temporários".
No período de 12 meses, chama a atenção o saldo positivo de 486 contratações formais em supermercados. Neste mesmo período, 51 trabalhadores foram dispensados por lojas de vestuários, tecidos e calçados. O estoque total do comércio varejista fechou em 29.769 trabalhadores ativos.
O varejo paulista gerou 23.453 postos de trabalhos formais no mês.