- sábado, 30 de junho
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Brasil e México entram em campo para definir quem seguirá sonhando com o título da Copa do Mundo da Rússia. Mas, fora dele, os dois países serviram para unir os corações de Ma de Jesus Fernandez Araiza, 39 anos, e André Luiz do Nascimento, 40. Juntos há 16 anos, têm os filhos José e Maria Isabella. Quando a bola rolar nesta segunda-feira, 2, em Samara, o coração de ambos se dividirá, mas com a certeza que qualquer resultado será comemorado. "Qualquer um que passar está bom. Ser feliz ou infeliz não depende de lugar", disse Ma, chamada de Maria no estabelecimento que mantém com o marido, ao lado do estádio Teixeirão, em Rio Preto.
Natural de Oaxaca, cidade litorânea do México, Maria conheceu o brasileiro André quando ele residia no país da América Central. Trabalharam juntos e o acolhimento da família de Maria em uma festa de Natal marcou o início do relacionamento. "Brinco que sou mexicana do Paraguai, sou mais tranquila, o mexicano grita, bebe sua cerveja, faz seu churrasco", disse Maria. "A gente se conheceu no trabalho e estamos até hoje, 16 anos de casados", emendou André.
Na lanchonete de Maria e André, o futebol sempre está em pauta. "Vou torcer para os dois times, mais para o México do que para o Brasil. Acho que o Brasil não tem sorte com México, por mais que as estatísticas digam o contrário. O futebol do México cansa o Brasil. Torço mais por medo, o Brasil já perdeu muitas decisões para o México", disse o são-paulino André que, apesar do medo, palpitou por uma vitória do time de Tite. "Vai ser 2 a 1 Brasil."
Maria vê o futebol além do resultado final, acredita na energia espiritual que traz toda a atmosfera do futebol. "Minha filha sabe mais que eu. Futebol não é só dinheiro, não só Neymar, Chicharito Hernández, futebol é compartilhar aquele momento de alegria", diz Maria.
A mexicana é sincera quando classifica as chances da seleção de seu país vencer o confronto ou mesmo a Copa. "A gente tem esperança que ganha, mas o México não tem mundial até hoje. O Brasil tem muito, o mexicano aprendeu a gostar da Seleção Brasileira por aquele jogo bonito", disse Maria. "Se ganhar vai ser surpresa para os mexicanos e para Fifa. O Brasil tem 90% de chances. Outra comparação é que temos poucos jogadores fora do país, brasileiros são muitos. Sei que não foi o México que ganhou da Alemanha, foram os campeões que perderam", analisou Maria, sabedora que a mídia brasileira vai pegar pesado se o Brasil não exercer o tal favoritismo.
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