- quarta-feira, 25 de abril
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Um grupo de 29 ciclistas de Rio Preto, liderado pelo educador físico Marcelo Lopes, da Outdoor Assessoria Esportiva, segue nesta quinta-feira, 26, até Águas da Prata, cidade localizada na encosta da Serra da Mantiqueira, para dar início a um dos principais desafios de suas vidas: percorrer o Caminho da Fé em cinco dias. A "largada", no entanto, será na manhã desta sexta-feira, 27.
Diariamente os peregrinos vão pedalar 80 quilômetros, em média, por uma estrada de terra recheada de lindas paisagens, ar puro e muitas histórias para contar. No total são 330 quilômetros até o Santuário Nacional de Aparecida - o maior santuário Mariano do Brasil -, no município de Aparecida, no vale do Paraíba. "Começaremos a pedalar na sexta-feira de manhã e chegaremos em Aparecida na terça-feira, dia 1º, na hora do almoço", afirma.
O educador físico, que já liderou outros grupos a percorrer o Caminho da Fé, diz que o primeiro e o último dia são os mais difíceis. "O primeiro dia merece mais atenção porque a quilometragem é uma das maiores e também porque o trecho inclui duas subidas muito forte. No último dia vamos percorrer uma subida muito famosa, saindo da cidade de Luminosa até Campos do Jordão. Além de ter uma grande distância, é a pior altimetria", explica.
A aposentada Rosângela Escobar Pardo, 60 anos, é uma das mais empolgadas da turma. "Me preparei muito para o Caminho da Fé, e e estou muito feliz em cumprir a minha meta para 2018."
Sem aventuras
Para cruzar o Caminho da Fé a bordo de mountain bikes é preciso muito treino e planejamento, além de uma equipe de apoio. "Esse grupo é formado por iniciantes no esporte, por isso tivemos 110 dias de treino - sempre com muita orientação para que todos conseguissem completar o percurso", conta. Além do trabalho físico, psicológico e social, Marcelo também teve a missão de organizar toda a logística, definindo os pontos de parada e pousadas. "Durante a corrida, vou pedalar junto com eles, coordenando o grupo. O objetivo é estimular aqueles que têm menos resistência a pedalar junto com o grupo, além de segurar os mais fortes para que não fiquem muito distantes", destaca. "Apesar de o caminho ser bem sinalizado, podem acontecer alguns erros ou falhas. Pode acontecer de quebrar o equipamento e a pessoa estar muito a frente ou atrás, e ficar sozinho um período."
Resiliência
Com a experiência de quem já coordenou outros grupos, Marcelo confirma que os ciclistas concluem a peregrinação modificados. "As pessoas aprendem a resiliência. Durante os cinco dias de percurso, especialmente numa turma tão grande como essa, a pessoa aprende que não adianta ter o melhor condicionamento físico porque vai ter que empurrar a bicicleta em determinados pontos, como os outros. Não adianta ter pressa porque vai parar e esperar o colega", observa. "As pessoas aprendem a conviver em grupo, aceitar as regras impostas e a conviver com os defeitos e qualidades de cada um do grupo. São cinco dias em que as pessoas precisam do apoio dos amigos para completar todo o percurso, e isso gera mudança, sim", afirma Marcelo.
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