- Saturday, 23 de February
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No fim de janeiro, o novo presidente dos EUA, Donald Trump, promoveu mudanças nas leis de imigração que atingiram principalmente imigrantes e refugiados de origem árabe - algumas estão sub judice. Mas, entre elas, há as que terão efeito sobre brasileiros que precisam renovar o visto de não-imigrante ou tirar o documento pela primeira vez. O ato revoga a isenção de entrevista para os vistos (de turismo, entre outras categorias) que passaram da validade há mais de 12 meses. Antes, era possível renovar o documento, sem precisar de entrevista, desde que vencido há, no máximo, quatro anos.
Além disso, têm de fazer a entrevista brasileiros que solicitam o visto pela primeira vez e são maiores de 14 anos e têm menos de 79 anos. Antes, estavam isentos desta etapa menores de 15 anos e os que tinham mais de 66. Além disso, mesmo sob as regras antigas, brasileiros já vinham tendo dificuldades para obter o documento. A taxa de recusa de vistos dos EUA triplicou do ano fiscal 2015/2016 sobre o período anterior: 16,7% dos pedidos foram recusados contra 5,3% de 2014/2015.
Para os que vão enfrentar a entrevista pela primeira vez, as recomendações da advogada Ingrid Baracchini, especialista em imigração, é que se fique atento ao preenchimento dos formulários. "Muita gente acredita que não precisa ser muito preciso nas informações, pois pode mostrar documentos e esclarecer dúvidas na hora da entrevista. Mas os agentes têm pouco tempo para cada pessoa, então, quanto mais informações forem fornecidas nos formulários, menos dúvidas e desconfianças eles terão."
Para a especialista, a maior parte dos vistos recusados é por preenchimento incompleto, ou errado, dos formulários. De qualquer jeito, é importante levar documentos que comprovem vínculos com o Brasil e, com isso, o objetivo de retornar ao país. Os principais são comprovantes de renda - que mostram que o solicitante tem condições financeiras para bancar a viagem por conta própria - e até aspectos do cotidiano.
"Se chegar ao ponto de pedir documentação na entrevista, o solicitante precisa estar preparado com tudo em mãos. Até filiação a clubes conta. O importante é mostrar que não pretende ficar nos EUA. Com as novas regras, a tendência é que a fiscalização seja ainda mais rígida e exigente, e nada vai passar batido." Durante a entrevista, diz a especialista, o candidato deve responder a todas as perguntas objetivamente, nunca mentir, nem omitir informações.
"Para evitar a recusa, é importante levar outros documentos, além dos oficiais, para comprovar vínculos financeiros e afetivos com o Brasil, como carteira de trabalho, contrato de residência (aluguel ou compra) e passagem de volta, se já houver. Além, é claro, de meios financeiros para custear a viagem, como extrato bancário e declaração do IR."
Dicas para a entrevista
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