- Saturday, 16 de February
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O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba, suspendeu nesta sexta-feira, 12, por duas semanas, a ação penal contra executivos da Odebrecht que trata do Departamento de Operação Estruturadas - apontado pelos investigadores como o “departamento da propina”. Segundo ele, a suspensão se dá após “notícia de que acusados” estariam “negociando alguma espécie de acordo de colaboração”.
O presidente da empreiteira, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos do grupo discutem com o Ministério Público Federal acordo de delação em que pretendem confessar envolvimento em desvios de recursos da Petrobras. A expectativa é de que eles indiquem pagamento de propina a dezenas de políticos.
Na ação, Odebrecht e executivos do grupo são réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-marqueteiro do PT João Santana também é réu neste processo. “Encerrada a instrução, é o caso de designar os interrogatórios dos acusados. Ponderou porém o Juízo que há noticia de que alguns acusados, inclusive todos os presos por este processo, estariam negociando alguma espécie de acordo de colaboração, o que pode ser determinante para a posição que adotarão em seus interrogatórios nesta ação penal”, escreveu Moro.
Estratégia
O juiz já havia adotado a mesma estratégia em outra ação penal em que Odebrecht também é réu. Em junho, ele suspendeu o processo por 30 dias após a divulgação de que a defesa do empresário assinou acordo de confidencialidade com a Procuradoria-Geral da República (PGR), sobre o início das tratativas para uma delação premiada.
A ação foi retomada em julho, com um pedido de liberdade de Odebrecht feito pela defesa. O juiz abriu prazo para que a Procuradoria se manifestasse, mas o advogado do empresário apresentou pedido de desistência “por motivo que se encontra em sigilo”. Na decisão de ontem, o juiz afirmou que “considerando o motivo da suspensão, não seria apropriado questionamento das prisões cautelares com base em eventual excesso de prazo”. Odebrecht já foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão em outra ação penal julgada por Moro no dia 8 de março.
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