- Thursday, 21 de February
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A Prefeitura determinou a suspensão da execução de uma das principais obras do governo Valdomiro Lopes (PSB): a construção de nove corredores exclusivos para os ônibus do transporte coletivo em Rio Preto. Orçada em R$ 53 milhões, a empreitada, mais uma a cargo da Constroeste, foi suspensa por decisão da equipe do prefeito Edinho Araújo (PMDB). Apesar disso, permanece a restrição de horários no início da manhã e no final da tarde para que outros veículos usem a faixa direita da pista na avenida Alberto Andaló.
A determinação foi sacramentada nesta sexta-feira, 27, em reunião entre técnicos das secretarias de Trânsito, Planejamento e também da empresa. Os corredores integram o Plano de Mobilidade Urbana, de R$ 200 milhões, iniciado na gestão do ex-prefeito. No início do mês, o município anunciou que faria um “pente-fino” no contrato. A principal falha constatada até agora é com relação à acessibilidade. O secretário de Planejamento, Israel Cestari, confirmou que a empresa terá de “aguardar” até que falhas da obra sejam corrigidas nas avenidas Alberto Andaló - local onde a obra está mais adiantada - e na Bady Bassitt.
Nos outros sete locais, como na rua Pedro Amaral, a construção também será interrompida para que os mesmos problemas não se repitam, disse Cestari. As falhas na Andaló e Bady tem a ver com a altura do pavimento na intervenções previstas em projeto elaborado pela empresa ATP Engenharia, chamada nesta sexta-feira na Prefeitura. Para fazer os corredores, as avenidas receberam nova capa de asfalto sobre a que havia anteriormente, criando “degraus” entre a avenida e calçada. Há locais em que o pavimento da avenida chega a ficar mais alto que a calçada, o que dificulta a transição de deficientes físicos.
“Há alguns problemas nesses corredores, que é a acessibilidade. O nível do pavimento está mais alto que o nível da guia. Virou uma canaleta, um buraco. Para transpor ali, puseram umas placas metálicas. Isso é um defeito. Tem de ser corrigido”, afirmou Cestari. Segundo ele, não foi necessário notificar oficialmente a empresa para interromper a obra. A decisão foi tomada em comum acordo. “Os outros corredores que estão executados vai dar o mesmo defeito. Falamos para aguardar. Chamamos a empresa projetista, a empresa que está executando, o corpo técnico da Prefeitura e buscamos uma solução para consertar esse (corredor) da Andaló e para que outros não aconteçam a mesma coisa. Paralisamos até sair essa solução ”, afirmou o secretário de Planejamento.
De acordo com o secretário, não há prazo de quando a obra, financiada com recursos do governo federal, vai ser retomada. “Vamos tentar correr o máximo porque a empresa está aguardando isso (a retomada)”, afirmou o secretário, que também falou sobre o motivo da falha. “A empresa que fez o projeto calculou pavimento que suporta esse tráfego de ônibus. Só que jogou o pavimento em cima do pavimento existente, que estava alto. Se o objetivo do projeto é mobilidade urbana, presume-se que está incluído a acessibilidade”. Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a Constroeste não se manifestou até o fechamento desta edição.
Normal
Ex-secretário de Planejamento de Valdomiro e candidato do ex-prefeito para sucedê-lo na eleição de outubro do ano passado, o deputado estadual Orlando Bolçone (PSB) considera “normal” adequações na obra. “Em um projeto desta magnitude, é normal que surjam pequenas correções”, disse.
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