Trio que fez 35 furtos em ônibus é liberado
Polícia fez as prisões após investigação de 40 dias e flagrante

A Justiça colocou em liberdade nesta quarta-feira, dia 26, as três mulheres que foram presas suspeitas de furtar 35 idosos em ônibus de Rio Preto. O trio foi preso nesta terça-feira, dia 25, após 40 dias de investigação do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, que identificou as mulheres e as prendeu após flagrarem um dos crimes.
As suspeitas têm 24, 26 e 36 anos, são parentes e moram no Parque da Cidadania. Todas têm antecedentes criminais, mas como não usaram de violência para cometer os crimes tiveram assegurado o direito de responder ao processo em liberdade.
Para que fossem colocadas em liberdade, o juiz da audiência de custódia, Luiz Guilherme Pião, também levou em conta que duas das mulheres são mães de crianças que ainda precisam de amamentação e a terceira está no quinto mês de gestação.
Na investigação, os integrantes do GOE andaram em ônibus lotados por 40 dias, vestidos à paisana, misturados aos outros passageiros, para identificar as mulheres. Elas foram presas em flagrante ao descerem perto do Mercadão Municipal, após furtarem seis aposentadas.
O delegado coordenador do GOE, Alexandre Del Nero Arid, afirma que as mulheres iam sempre para o Terminal Urbano, escolhiam os horários de maior concentração de pessoas e atacavam preferencialmente mulheres, com mais de 65 anos, no momento em que elas embarcavam ou desciam dos ônibus.
"Em um dos vídeos que tivemos acesso, uma das suspeitas furta a carteira de dentro da bolsa de uma mulher, no momento que a vítima subia no ônibus acompanhada de uma criança. A passageira nem viu que estava sendo furtada. Depois, elas desciam do veículo, como se tivessem entrado na linha errada", comenta o delegado.
Outra estratégia das mulheres era "cercar" a vítima. Enquanto uma das suspeitas puxava conversa, as outras duas aproveitavam para furtar objetos de valor da bolsa, segundo o GOE. Informalmente, elas teriam confessado aos policiais os furtos, mas ao serem levadas para prestar depoimento preferiram se manter em silêncio.
O delegado Arid afirma que as mulheres foram reconhecidas pelas últimas vítimas e as investigações vão continuar na Polícia Civil até que o inquérito seja concluído e remetido à Justiça.
DefesaO advogado de defesa das mulheres, Márcio Ferrari, alega que suas clientes negam os crimes e dizem terem sido confundidas com as verdadeiras ladras. "Elas alegam que estão sendo perseguidas pela polícia por conta do passado delas. Negam a participação nos crimes e, se a polícia quiser, elas garantem que ajudam a identificar as verdadeiras autoras dos crimes", diz o advogado.